Por Miriam Leitão
A política industrial do governo não tem as medidas que realmente o país precisa para aumentar sua competitividade de forma permanente.
São medidas tópicas, uma pequena desoneração para exportadores não tem esse efeito de iniciar um novo ciclo de desenvolvimento que está sendo apresentado.
Existe uma velha discussão entre especialistas em política industrial sobre se é melhor ampliar a competitividade da economia como um todo, ou ajudar setores específicos. O governo tem insistido em medidas setoriais. Claro que alguns setores têm obstáculos específicos, mas removê-los faz parte do cotidiano das políticas públicas. O que realmente pode dar um empurrão na economia brasileira é a redução de impostos, simplificação tributária, investimento em educação, melhoria da logística. Isso ajudaria a todos os setores e não alguns. Aumentaria a eficiência da economia seja nas empresas mais ou menos voltadas para o mercado externo.
O governo está insistindo num modelo ultrapassado e está prometendo muito mais do que esse conjunto de medidas anunciado hoje pode promover.
(*) Foto do ministro Miguel Jorge, do Desenvolvimento, Industria e Comércio Exterior
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