O governo pouco se importa se há coerência ou acertos em seu lado comercial, o que ele quer é ver dinheiro entrando no cofre, para que possa usá-lo politicamente como é o caso do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC e poder continuar os gastos excessivos em sua máquina quase paralítica. Para tal se vale de engodos e enganos como mostra Carlos Chagas:
Acaba o governo de anunciar um programa para beneficiar as empresas exportadoras. Serão 266 bilhões de reais a menos que os industriais pagarão de impostos. Coisa digna de todos os elogios, não fosse...
Não fosse o fato de que, para vender lá fora, nossas empresas se viram desoneradas de uns tantos encargos, mas se quiser ampliar o mercado interno, nada feito. Os impostos continuarão pela hora da morte, acrescidos da completa falta de apoio governamental, quando se trata de produzir e consumir no limite de nossas fronteiras.
Se a queda do dólar atrapalha as exportações, vem logo o Banco Central para comprar a moeda estrangeira e obstar a natureza das coisas. Nessa hora não há livre mercado nem concorrência aberta.
Um dia, quem sabe daqui a séculos, chegaremos à conclusão de que mais vale prover a própria casa e a própria família do que ceder aos cantos de sereia internacionais. Porque cada vez mais dependemos de decisões tomadas lá fora.
Um comentário:
Alô, Giulio
É bem como você disse acima, nos inhos de mantega. Ao invés de uma reforma tributária séria, que desonere de vez a indústria, eles ficam apagando pequenos incêndios.
Ora, num desgoverno que nunca conseguiu se aprumar como deve, esses pequenos combates vão criando uma tal rede que, num futuro bem próximo, o país ficará inadministrável.
Mais uma obra do duende para ele contar para os netos, se eles estiverem vivos...
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