16 de mar. de 2007

O pior do Brasil é o brasileiro....

Por André Luiz Leite

Nos últimos anos o que não nos faltou foram escândalos de corrupção. O atual inquilino do poder, o partido dos trabalhadores, patrocinou desvios de recursos públicos das mais diversas formas. Sempre com auxilio luxuoso dos partidos de aluguel, PP (agora o PR), PTB, PL, etc.... Assunto enfadonho e velho, eu admito. Mas o foco do artigo não é esse. Apenas citei os inúmeros casos de corrupção para lembrar que apesar dos pesares, o nosso povo não foi para as ruas para protestar. Que eu me lembre, apenas o capo José Dirceu levou umas merecidas bengaladas cívicas de um senhorzinho.
Pois bem, na última semana tivemos a visita do presidente americano ao Brasil. Cinco mil desocupados foram para a Avenida Paulista em dia útil protestar (de forma violenta) contra a presença de George W. Bush em solo tupiniquim. Nosso povo é assim mesmo, pode ser roubado que nem liga. Até reconduz aos cargos eletivos os que assaltam o erário. Mas culpam os Estados Unidos de tudo de mal que nos acontece. Assim funciona a curta mente dos semoventes de esquerda. Assim funciona a limitada cabeça de nosso povo. Foi o Bush o culpado pela morte do João Hélio. Foi o Bush que roubou para pagar o mensalão. Foi o Bush que fez a sanguessuga. Foi Bush que superfaturou a reforma de Congonhas. Não juntou meia dúzia para dar um couro nos corruptos, mas juntaram cinco mil quadrúpedes para protestar contra Bush.
O brasileiro médio tem essa característica de avestruz. Ao menor sinal de problemas enfia a cabeça na terra e de preferência culpa aos outros pelas suas falhas. Os Estados Unidos são um povo admirável, que construíram a maior economia democrática do mundo. Podem falar mal deles, mas até hoje nenhum povo construiu nada nem parecido. São duros ao defenderem seus interesses? Sim. São protecionistas? Sim. Menos que os europeus, mas também protegem seus mercados. Nós é que deveríamos aprender com eles a defender nossos interesses. Não essa política externa vergonhosa onde apanhamos da Bolívia dia sim e dia sim também. O Apedeuta trouxe para o Itamaraty a política do perde-perde. Das grandes economias é difícil ganhar, das pequenas ele entrega o jogo, pois são coitadinhos. É o Brasil na vanguarda. Perder ou perder é o lema dos petistas no front externo.
Até na questão da violência vemos a característica procrastinadora do nosso povinho. Falam em combater a violência e pedem a paz. Palavras vazias e sem objetivos. Ora bolas, nosso problema não é a violência e sim o crime. Quais propostas práticas para encarceramos por mais tempo e de maneira mais rápida o maior número possível de bandidos? Isso ninguém fala, fica nesse trololó de pedir paz. Os bandidos adoram essa mania do brasileiro de não enfrentar o problema de frente. Os políticos que espoliam o estado também adoram essa mansidão abilolada do nosso povo.
Enquanto não atingirmos a maturidade de nos responsabilizarmos pelas nossas falhas e desvios de caráter, não vamos andar para frente. Chega de acharmos bodes expiatórios e inimigos imaginários. Nós somos o nosso problema. Um povo que reelege tantos corruptos tem sérios problemas. A Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro tem 55% dos deputados respondendo a algum processo na justiça. O povo que os colocou (de novo) lá tem problemas de valores morais. Nas outras “Casas do Povo” os números são parecidos. Que eu saiba, Bush não tem título de eleitor brasileiro.

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