
Agora que o clamor público exige a Cpi, Lula com a desfaçatez que o caracteriza diz que é a favor, que é necessária.
Triste país onde o presidente da República diz e se desdiz ao sabor de seus interesses imediatos e nem sempre honestos.
Como diz Adriana Vandoni: Vá se ralar presidente! (G.S.)
Leia Carlos Chagas clicando em Texto Completo
Agora ele é favorável
Agora, ele é favorável à CPI do Apagão Aéreo, na Câmara e no Senado. Chegou a declarar que as CPIs são necessárias, fazem bem às instituições e exprimem o direito das minorias. Falamos do presidente Lula. Isso foi ontem, por coincidência lá no Chile, onde se encontra. Aplausos efusivos, concluiríamos, não fosse a campanha virulenta que o governo fez contra as duas CPIs, até anteontem, quando o Supremo Tribunal Federal decidiu, por unanimidade, que a maioria da Câmara não tinha o direito de engavetar a proposta oposicionista.
A gente fica pensando se o presidente da República é um e o governo outro. Porque não é a primeira vez que a máquina aparentemente impessoal desenvolve uma linha e ação e, quando não dá certo, Lula tira partido em sentido contrário. Declara haver estado do outro lado, seja com a lei, seja como Judiciário.
Trata-se de uma estratégia maquiavélica ou, no reverso da medalha, a demonstração de não haver, no governo, respeito às concepções de seu chefe? Os líderes no Congresso, os coordenadores políticos e os ministros palacianos assumem os ônus, deixando os bônus para o presidente? Se for assim, é perigoso. A encenação pode dar certo até em períodos eleitorais, mas parece incapaz de prolongar-se indefinidamente. Ou Lula enquadra seus auxiliares ou ficará clara sua intenção de usá-los como peças descartáveis.
Agora, ele é favorável à CPI do Apagão Aéreo, na Câmara e no Senado. Chegou a declarar que as CPIs são necessárias, fazem bem às instituições e exprimem o direito das minorias. Falamos do presidente Lula. Isso foi ontem, por coincidência lá no Chile, onde se encontra. Aplausos efusivos, concluiríamos, não fosse a campanha virulenta que o governo fez contra as duas CPIs, até anteontem, quando o Supremo Tribunal Federal decidiu, por unanimidade, que a maioria da Câmara não tinha o direito de engavetar a proposta oposicionista.
A gente fica pensando se o presidente da República é um e o governo outro. Porque não é a primeira vez que a máquina aparentemente impessoal desenvolve uma linha e ação e, quando não dá certo, Lula tira partido em sentido contrário. Declara haver estado do outro lado, seja com a lei, seja como Judiciário.
Trata-se de uma estratégia maquiavélica ou, no reverso da medalha, a demonstração de não haver, no governo, respeito às concepções de seu chefe? Os líderes no Congresso, os coordenadores políticos e os ministros palacianos assumem os ônus, deixando os bônus para o presidente? Se for assim, é perigoso. A encenação pode dar certo até em períodos eleitorais, mas parece incapaz de prolongar-se indefinidamente. Ou Lula enquadra seus auxiliares ou ficará clara sua intenção de usá-los como peças descartáveis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário