Por Giulio Sanmartini
Quando da inauguração das reformas do Aeroporto Internacional de São Paulo/Congonhas, (23/12/2005) a Empresa Brasileira de Infra-esturtura Aeroportuária (Infraero) veiculou à mídia a seguinte nota: “Após algumas obras de ampliação, o aeroporto conta hoje com serviços úteis como bancos, caixas eletrônicos, casas de câmbio, estacionamento, ponto de táxi, espaço para locação de veículos, entre outros. O local abriga ainda correio, cinco restaurantes e cafeteiras, duas livrarias, uma tabacaria, uma farmácia e 13 lojas”.(foto)
O presidente da Estatal, hoje deputado pelo Partido dos Trabalhadores Carlos Wilson, recebeu o seguinte elogio no discurso do presidente da República, que não conseguiu deixar de fazer sua metáfora futebolística: “Em política, de vez em quando você consegue juntar a fome e a vontade de comer. A escolha do companheiro Carlos Wilson para presidente da Infraero é uma dessas situações em que você junta, ao mesmo tempo, o técnico e o jogador. O Carlos Wilson tem sido de uma dedicação exemplar, de uma vontade empreendedora invejável”.
Lula estava enganando os presentes e tentando enganar toda a nação pois ele sabia desde abril que a situação do tráfego aéreo era precária. Em abril de 2005, ao deixar a Superintendência de Segurança Aeroportuária da Infraero, brigadeiro Edilberto Teles Sirotheau havia denunciado em sua carta de renuncia: “obsessiva prioridade (dada pela direção da empresa) às obras que proporcionam ‘visibilidade’, em detrimento das necessidades operacionais” - e finalizou prevendo – “Ocorrências graves para um futuro próximo”, isso 17 meses antes do acidente aéreo envolvendo um Boeing da Gol e um Legacy estadunidense que deixou 154 mortos (o maior da história brasileira).
O grande problema foi o “aparelhamento” da estatal para arrumar uma excelente “boquinha” aos companheiros famintos do dinheiro público. A presidência da estatal, suas 5 diretorias e 27 superintendências nacionais e regionais, foram ocupadas foram ocupadas por apadrinhados políticos de 6 partidos – do PT ao PFL (atual DEM), passando pelos aliados fisiologistas PMDB, PSB, PTB, e PR (ex-PL).
Esse fato mostra que o caos aéreo não está exclusivamente nas mesas dos controladores de vôo, está muito mais na politização dos gabinetes da Infraero, ocupados por incompetentes de lisura duvidosa.
A formação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (Cpi) para apurar esses descalabros, faz-se necessária por dois motivos básicos: A simples preocupação do governo em evitá-la sugere sua criação e uma boa oportunidade de mostrar aos cidadãos que não estão mais uma vez sendo feitos de bobos
Quando da inauguração das reformas do Aeroporto Internacional de São Paulo/Congonhas, (23/12/2005) a Empresa Brasileira de Infra-esturtura Aeroportuária (Infraero) veiculou à mídia a seguinte nota: “Após algumas obras de ampliação, o aeroporto conta hoje com serviços úteis como bancos, caixas eletrônicos, casas de câmbio, estacionamento, ponto de táxi, espaço para locação de veículos, entre outros. O local abriga ainda correio, cinco restaurantes e cafeteiras, duas livrarias, uma tabacaria, uma farmácia e 13 lojas”.(foto)
O presidente da Estatal, hoje deputado pelo Partido dos Trabalhadores Carlos Wilson, recebeu o seguinte elogio no discurso do presidente da República, que não conseguiu deixar de fazer sua metáfora futebolística: “Em política, de vez em quando você consegue juntar a fome e a vontade de comer. A escolha do companheiro Carlos Wilson para presidente da Infraero é uma dessas situações em que você junta, ao mesmo tempo, o técnico e o jogador. O Carlos Wilson tem sido de uma dedicação exemplar, de uma vontade empreendedora invejável”.
Lula estava enganando os presentes e tentando enganar toda a nação pois ele sabia desde abril que a situação do tráfego aéreo era precária. Em abril de 2005, ao deixar a Superintendência de Segurança Aeroportuária da Infraero, brigadeiro Edilberto Teles Sirotheau havia denunciado em sua carta de renuncia: “obsessiva prioridade (dada pela direção da empresa) às obras que proporcionam ‘visibilidade’, em detrimento das necessidades operacionais” - e finalizou prevendo – “Ocorrências graves para um futuro próximo”, isso 17 meses antes do acidente aéreo envolvendo um Boeing da Gol e um Legacy estadunidense que deixou 154 mortos (o maior da história brasileira).
O grande problema foi o “aparelhamento” da estatal para arrumar uma excelente “boquinha” aos companheiros famintos do dinheiro público. A presidência da estatal, suas 5 diretorias e 27 superintendências nacionais e regionais, foram ocupadas foram ocupadas por apadrinhados políticos de 6 partidos – do PT ao PFL (atual DEM), passando pelos aliados fisiologistas PMDB, PSB, PTB, e PR (ex-PL).
Esse fato mostra que o caos aéreo não está exclusivamente nas mesas dos controladores de vôo, está muito mais na politização dos gabinetes da Infraero, ocupados por incompetentes de lisura duvidosa.
A formação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (Cpi) para apurar esses descalabros, faz-se necessária por dois motivos básicos: A simples preocupação do governo em evitá-la sugere sua criação e uma boa oportunidade de mostrar aos cidadãos que não estão mais uma vez sendo feitos de bobos
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