Por Giulio Sanmartini
Os senadores gostam mesmo de brincar com o fogo e, este que está ardendo, é o do clamor público indignado com as patifarias perpetradas pelo presidente da Casa. A escolha do senador Siba Machado (PT-AC) para a presidência do Conselho de Ética do Senado, que conduzirá o processo aberto pelo PSOL contra Renan Calheiros por quebra do decoro parlamentar, é mesmo brincar com o fogo, haja vista que ele é unha e carne com o acusado, conforme observação do senador Pedro Simon (PMDB-RS) um dos poucos políticos sérios da República: “É o presidente do Senado que vai a julgamento. Na presidência do conselho tinha que estar um sujeito acima de qualquer questionamento. Não entendo como, tendo a possibilidade de eleger alguém da estatura de Jefferson Peres (PDT-AM), o conselho fez a opção que fez”
Reinaldo Azevedo, estabelece algumas perguntas que a opinião pública quer que Calheiros responda:
- Por que Renan recorria a Cláudio Gontijo, da Mendes Júnior, para efetuar o pagamento à “gestante” e depois mãe?
- O pagamento era feito em dinheiro? A moça não tinha conta bancária? Renan não confia em bancos?
- O que Renan fazia? Sacava o dinheiro no banco e o entregava a Gontijo para que este repassasse à moça?
- O tal fundo, em duas parcelas de R$ 50 mil, foi depositado em alguma conta especial ou foi entregue à mãe para que usasse livremente?
- Seja ou não fundo, que diferença isso faz? A questão é a origem do dinheiro;
- E o flat no hotel Blue Tree, em Brasília? É mesmo do lobista? Por que o senador precisa do flat de um lobista?
- Renan é amigão de Gontijo, também seu confidente. Amizade supõe troca, reciprocidade. Qual era a parte de Renan nessa fraternidade?
O resto é blá,blá, blá!
Agora, sem preconceito algum, observando fotografia que mostra o senador Sibá falando ao telefone, me surpreendo, pois acho que alguém com mais de 15 anos, que tenha a coragem de possuir e usar no Senado um celular da cor lilá, com certeza não é sério.
Que se cuidem os senadores, a batata deles está assando!
Um comentário:
O duro é ver um Senador sem legitimidade pública, pois é suplente e ainda mais de uma senadora eleita por um Estado que representa um "cagagésimo por cento" dos eleitores brasileiros ser nomeado Presidente de um Conselho de Ética. E pior. Senador de um partido que perdeu a ética faz muito tempo e não a encontrou mais.
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