Aí Já é Demais!

Outra vez a lógica matemática, um açougue de pequeno porte, compra semanalmente, algo em torno de 2 quartos traseiros e 2 quartos dianteiros, arredondando pra cima, quase um boi inteiro por semana. Ou seja, não chega a 3 arrobas ou 450 kg. Sabendo que as vísceras são compradas por fora, por vísceras entenda-se, rabada, mocotó, bucho, fígado, língua, coração, miolo... vão ai em torno de 10 arrobas ou 150 kg, no mínimo. Que com a arroba custando R$53,00, daria um montante de R$ 1.590,00 por semana. Tirei como base um açougue no subúrbio de Marechal Hermes no Rio de Janeiro. Que por mais dificuldades que passe a população possui ruas largas, asfaltadas e com rede de esgoto. Situação bem diferente da vivida pelo motorista do Senador, que tem esposa e 2 filhos e vive em Benedito Bentis, bairro popular de Maceió que sequer possui rede de esgoto. Este fez uma compra para seu cunhado, que possui um açougue no mesmo bairro, no valor de R$ 126 mil, com dois cheques, que equivale a 2.086 arrobas. O que seria compra para algo em torno de 69 semanas ou 17 meses. Que nas minhas contas dão mais de 1 ano! Outro ponto, carnes são compradas por açougues nos frigoríficos, de acordo com a lei, coisa que o senador desconhece, uma vez que devem ser inspecionadas pelos fiscais sanitários antes do consumo.
Ter sua família e o Senado brasileiro, envolvidos em suas negociatas já não é o bastante para o Senador Renan Calheiros. Agora usa também seus funcionários. A pouca vergonha ultrapassou faz muito a barreira do permitido. E como a corda sempre arrebenta do lado mais fraco, o dito senador continua se fiando na histórica impunidade. Depois de ter tido sua vida escusa publicada em rede nacional. Usa seus próprios funcionários.
O Senador que me perdoe, mas não somos tão obtusos quanto parecemos. Se quer manter a mentira deslavada pelo menos não faça tão pouco de nossa inteligência. O mal de todo malandro é achar que o resto do mundo é otário. Até quando a impunidade vai fazer parte da nossa rotina diária? (F.S.)

(*) Na foto, Pedro Simon, dando um esporro em Renan Calheiros

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