20 de jun. de 2007

Chamusca Senador, que a Indenizatória Paga

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), enviou a cada um dos 513 deputados, um envelope com o timbre confidencial, encaminhado com um bilhete de próprio punho do senador que dizia: "Caro amigo deputado, encareço ao prezado amigo a olhar, analisar estas planilhas que fazem as provas contrárias às maldades e insinuações. Cordialmente, Renan."
O conteúdo é um dossiê de 28 páginas, preparado pelo escritório do advogado Eduardo Ferrão, onde por números ele explica que teve rendimentos suficientes para pagar a pensão de Mônica Veloso e da filha desta. Todavia, como tudo que tem apresentado em sua defesa, este também foi feito de forma desastrada, os rendimentos foram inflados, ao usar u como artifício a inclusão da verba indenizatória como uma de suas fontes de recursos.
No ano de 2006 ele declarou ter recebido dessa tal verba a importância de R$ 244.632,68. Ora, como o máximo pago por mês é de R$ 15mil, ele poderia ter recebido somente R$ 180 mil. O mesmo aconteceu em 2005, quando a verba somou R$ 198.223,16. Portanto os números não batem e quando isso acontece Renan Calheiros alega erro na digitação. Alguém ao fazer as contas enfiou o dedo no buraco errado.
Mas ainda há algo imoral, a verba indenizatória foi criada para ressarcir despesas pagas pelos parlamentares no estado, como o aluguel de escritório, condomínio, água, telefone fixo ou móvel, combustível, contratação de consultoria, serviço de segurança.
Desse rol não constam ressarcimentos para “bimbadas extra conjugais”. Quanto mais mexe, mais a “merda garra”.
Tenha vergonha Renan, peça demissão, não enxovalhe ainda mais o Senado. (G.S.)
(*) Na ilustração Renan fazendo suas contas de chegar

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