O Ibama em Mato Grosso multou ontem o senador Jaime Campos (DEM/MT) por crime ambiental. A multa chega a R$ 5 milhões é decorrente de desmatamento ilegal, destruição de área de preservação permanente, inclusive com aterramento de nascente.
O senador não teria licença ambiental, segundo o Ibama, para desmatar cerca de nove mil hectares, onde foi implantada uma fazenda para criação de gado. A área total é estimada em 11 mil hectares e fica no município de Alta Floresta, nortão de Mato Grosso.
A estimativa dos fiscais é de que 80% da área foi desmatada. Ex-governador de Mato Grosso, o senador também será investigado pelo Ministério Público Federal.
Desesperado com o valor da multa, o senador do DEM foi procurar o governador Maggi, que tentou argumentar que apenas a Secretaria Estadual de Meio Ambiente possui o “direito exclusivo” fiscalizar e lavrar multas por danos ambientais em Mato Grosso. Não adiantou e Jaime Campos terá que pagar a multa.
A estimativa dos fiscais é de que 80% da área foi desmatada. Ex-governador de Mato Grosso, o senador também será investigado pelo Ministério Público Federal.
Desesperado com o valor da multa, o senador do DEM foi procurar o governador Maggi, que tentou argumentar que apenas a Secretaria Estadual de Meio Ambiente possui o “direito exclusivo” fiscalizar e lavrar multas por danos ambientais em Mato Grosso. Não adiantou e Jaime Campos terá que pagar a multa.
O trio: Jaime Campos cumprimenta Blairo Maggi e ao fundo, Pagot, de papagaio de pirata.
Ei, ei, vocês se lembram?(Comentário de Ricardo Noblat postado abaixo da notícia sobre a multa do Ibama)
Vocês lembram do Luiz Antônio Pagout, atual secretário de Educação do governo Blairo Maggi, no Mato Grosso, meu personagem preferido (Pagout, Maggi não) há alguns meses? Pagout é aquele que Lula indicou ao Senado para Diretor Geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
Tudo bem, não fosse um probleminha - ou melhor dois. Primeiro: Pagout sonegou ao Senado a informação de serviu ali entre abril de 1995 e junho de 2002 como secretário parlamentar do senador Jonas Pinheiro (DEM-MT) - ao mesmo tempo em que era acionista e diretor da Hermasa Navegação da Amazônia, empresa do grupo empresarial de Maggi no Amazonas.
E daí? Daí que a lei 8.112 de dezembro de 1990 que “dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União” diz no artigo 117: "Ao servidor é proibido “participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada” (...) Também é proibido exercer atividades incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho”.
A Hermasa é uma sociedade privada. Secretário parlamentar é servidor público. A Hermasa fica em Itacoatiara, a 240 quilômetros de Manaus. O Senado, em Brasília, a 3.490 quilômetros de distância por estrada. Pagout enganou o Senado quando acumulou funções que a lei proibe. E tentou enganar novamente ao omitir essa informação do seu curriculum anexado à mensagem de Lula.
Segundo problema de Pagout: está sendo investigado pelo Ministério Público. Por quê? Porque disse que morou de graça durante 22 meses em apartamento de um empresário que tinha negócios com o governo e que acabou preso por desmatamento ilegal. Disse ainda que comprou o apartamento em 30 prestações pagando sempre com dinheiro que guardava em casa. Por último, disse que não pediu nem deu recibo pela transação. Que tal? Convincente?
E por que, diabos!, falo sobre Pagot no pé de uma notícia sobre o senador Jayme Campos? Fora o fato de que os dois são do Mato Grosso, informo que Campos deverá ser o relator na Comissão de Infraestrutura do Senado da indicação de Pagout para o DINIT. Fora isso, mais um detalhe certamente irrelevante: Pagout é suplente do senador Campos. Que tal? Se Renan pode continuar presidindo o Senado por que Campos não pode dar uma mão a Pagout?
Foi o governador Maggi, em conversa, ontem, com o senador Marconi Perilo (PSDB-GO), presidente da Comissão de Infra-estrutura, que pediu para Campos relatar a mensagem de Lula nomeando Pagout para mandar em um orçamento superior a R$ 12 bilhões. Lula deve a Maggi milhares de voto obtidos nas eleições do ano passado no Mato Grosso. E a Pagout... Bem, Lula sabe o quanto deve a ele. Os aloprados do PT também devem.
Tudo bem, não fosse um probleminha - ou melhor dois. Primeiro: Pagout sonegou ao Senado a informação de serviu ali entre abril de 1995 e junho de 2002 como secretário parlamentar do senador Jonas Pinheiro (DEM-MT) - ao mesmo tempo em que era acionista e diretor da Hermasa Navegação da Amazônia, empresa do grupo empresarial de Maggi no Amazonas.
E daí? Daí que a lei 8.112 de dezembro de 1990 que “dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União” diz no artigo 117: "Ao servidor é proibido “participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada” (...) Também é proibido exercer atividades incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho”.
A Hermasa é uma sociedade privada. Secretário parlamentar é servidor público. A Hermasa fica em Itacoatiara, a 240 quilômetros de Manaus. O Senado, em Brasília, a 3.490 quilômetros de distância por estrada. Pagout enganou o Senado quando acumulou funções que a lei proibe. E tentou enganar novamente ao omitir essa informação do seu curriculum anexado à mensagem de Lula.
Segundo problema de Pagout: está sendo investigado pelo Ministério Público. Por quê? Porque disse que morou de graça durante 22 meses em apartamento de um empresário que tinha negócios com o governo e que acabou preso por desmatamento ilegal. Disse ainda que comprou o apartamento em 30 prestações pagando sempre com dinheiro que guardava em casa. Por último, disse que não pediu nem deu recibo pela transação. Que tal? Convincente?
E por que, diabos!, falo sobre Pagot no pé de uma notícia sobre o senador Jayme Campos? Fora o fato de que os dois são do Mato Grosso, informo que Campos deverá ser o relator na Comissão de Infraestrutura do Senado da indicação de Pagout para o DINIT. Fora isso, mais um detalhe certamente irrelevante: Pagout é suplente do senador Campos. Que tal? Se Renan pode continuar presidindo o Senado por que Campos não pode dar uma mão a Pagout?
Foi o governador Maggi, em conversa, ontem, com o senador Marconi Perilo (PSDB-GO), presidente da Comissão de Infra-estrutura, que pediu para Campos relatar a mensagem de Lula nomeando Pagout para mandar em um orçamento superior a R$ 12 bilhões. Lula deve a Maggi milhares de voto obtidos nas eleições do ano passado no Mato Grosso. E a Pagout... Bem, Lula sabe o quanto deve a ele. Os aloprados do PT também devem.
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