"Ataques às crianças são inaceitáveis. As escolas devem ser ambientes seguros para que meninas e meninos possam aprender e se desenvolver"
Esta é a declaração de Ann Veneman, diretora-executiva do Fundação das Nações Unidas para a Infância Unicef) sobre as cinco escolas municipais e duas creches do complexo do Alemão que estavam fechadas e reabriram. No entanto, não houve aulas, por falta de alunos.
As escolas estavam fechadas desde quarta-feira (27), quando 1.350 homens das polícias Militar, Civil e da Força Nacional de Segurança realizaram uma megaoperação no conjunto de favelas para o combate ao tráfico. A atual onda de violência, com tiroteios diários entre policiais e bandidos, já dura dois meses.
O Unicef ainda comparou a situação das crianças do complexo, que não conseguem ir à escola, com a enfrentada por estudantes da Faixa de Gaza, na Palestina, e no Iraque. Para o organismo internacional, a violência urbana do Brasil impede que meninas e meninos freqüentem as escolas.
"Quem quer que seja responsável por mortes em desacordo com a lei deve ser levado a julgamento". Essa nota é de sexta-feira feita pela organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch. A preocupação HRW são as supostas execuções de inocentes, incluindo uma criança de dez anos, perpetradas pela polícia durante o conflito. Tais informações são baseadas em testemunhos de moradores do complexo do Alemão.(Fonte: Veja)
Em sua coluna Cláudio Humberto sobre o assunto, Cláudio Humberto dá a seguinte nota: “O deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ) classificou de "grave" a afirmação do secretário de Segurança do Rio, José Beltrame, de que foi "quebrado o pacto de não agressão contra os bandidos". Quer explicações sobre o suposto pacto em sua gestão, "quando foram presos todos os oitenta chefões do tráfico". Cobrou a implantação de plano que criou e não foi aprovado, empregando todas as forças, incluindo militares.
(*) Na ilustração dessa matéria podemos ver vidros das janelas de prédios vizinhos à área de conflito, o que já se tornou uma rotina no Rio de Janeiro, com uma detalhe interessante: essa foto foi feita na Faixa de Gaza. (G.S.)
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