26 de jun. de 2007

Só Pode Quando Existe

Por Giulio Sanmartini

Ontem o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) disse com altivez e o peito estufado típico daqueles que julgam ter a verdade a seu lado:
“- Está claro que querem assassinar minha honra, mas não vão assassinar porque não tem prova de absolutamente nada.”
No dia 28 de maio último as 13h50 o PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) entrou com uma representação contra Renan Calheiros, baseado nas denuncias feitas pela revista Veja, que segundo o partido, “trazem indícios fortes da possibilidade da prática de ilícitos pelo senador Renan Calheiros”.
O jornalista Policarpo Junior, não apresenta indícios nem suposições, ele acusa o senador diretamente em mais de um número da revista Veja. No primeiro(número 2010) pode-se ler:
“O lobista da Mendes Júnior pagou, até março passado, o aluguel de um apartamento em Brasília para o senador. O imóvel tem quatro quartos e fica em uma área nobre da capital federal. O aluguel saía por 4.500 reais.
O lobista pagava 12.000 reais mensais de pensão para uma filha do senador, de 3 anos de idade. A pensão foi bancada por Cláudio Gontijo de janeiro de 2004 a dezembro do ano passado.”
Perguntarei até a exaustão, até ficar rouco, por que Renan Calheiros não citou nem uma vez o jornalista?, por que não o acionou por calúnia? haja vista, que tudo teve início com essa denuncia.
Quem tentou provar sua inocência foi o senador, quando deveria ter intimado Policarpo a provar suas acusações. Foi nisso que o Renan atrapalhou-se todo, juntou uma documentação para provar que tinha como pagar a pensão alimentícia a Mônica Veloso e a filha dos dois Maria Catarina, mas esses documentos apresentaram diversos vícios, sinais evidentes de falsificações.
Além das histórias mal contadas da venda do gado a um preço mais alto que em todo o Brasil e um número de cabeças, que ele não tinha.
Por esses motivos o senador pode ficar tranqüilo que ninguém irá “assassinar sua honra”, pois e impossível assassinar algo que não existe.

Um comentário:

Z'Kakaya disse...

Meu caro Giulio, qualquer pecuarista destepaiz sabe que prá vender 1700 bois em 3 anos é preciso manter um rebanho de cerca de 5000 cabeças. Como é que ninguem levantou essa lebre?

No caso Roriz por que nenhum jornalista fuçou o motivo do pagamento? A família Constantino deve ter feito algum negócio muito grande no Distrito Federal para justificar um pagamento deste porte. Pode ter sido um negócio imobiliário ilícito, alguma concessão no transporte público ou até uma compra de sentença, pois uma das especialidades de Roriz é manipular a justiça em todos os níveis.