4 de jul. de 2007

É Hora de Reagir à Vergonha!


Por Giulio Sanmartini

A primeira Constituição Brasileira de 25 de março de 1824, estabelecia que o poder Judiciário era delegado à Assembléia-Geral, compostas pelo Senado e Câmara dos Deputados.
Este foi o início do Senado brasileiro, com raízes na tradição greco-romana, inspirado na Câmara dos Lordes da Grã-Bretanha e influenciado pela doutrina francesa de divisão e harmonia dos poderes do Estado e dos direitos dos cidadãos.
Nesses mais de 180 anos tiveram assento nas cadeiras senatoriais homens da estirpe de José Da Silva Lisboa (Visconde Cairu), Diogo Antônio Feijó, Honório Hermeto Carneiro Leão (Marquês de Paraná), Luiz Alves de Lima e Silva (Duque de Caxias), Rui Barbosa, Pinheiro Machado, Nereu Ramos, Afonso Arinos de Melo Franco, Teotônio Vilela, Mario Covas, só para citar alguns. Homens que por suas capacidades patriotismo e integridade dignificaram sempre mais a Casa.
Nos dias que seguem, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar está composto entre titulares e suplentes de 26 senadores, destes 7 (27%) estão envolvidos em picaretagens, falcatruas e patifarias:
Sérgio Guerra (PSDB-PE), ação secreta de impugnação do mandato; Valdir Raupp (PMDB-RO), cinco processos por improbidade; Epitácio Cafeteira (PTB-MA), captação de recursos irregulares para a campanha eleitoral; Fátima Cleide (PT-RO), uso da máquina governamental em sua campanha eleitoral; Leomar Quintanilha (PMDB-TO), dois inquéritos por desvio de recursos; Renato Casagrande (PSB-ES), irregularidades na arrecadação e nos gastos da campanha e Wellington Salgado que não paga o INSS dos funcionários de suas empresas.
O presidente do Senado que o emporcalhou, aviltou, humilhou, desmoralizou e o tornou alvo do escárnio geral, com insistência patológica de se manter no cargo, diz com inusitado descaramento:
"Com serenidade e reflexão, entendo que devo permanecer na presidência do Senado mesmo que isso contrarie apetites políticos de ocasião. O Senado é bem maior que a crise que querem agigantar."
Esse desqualificado pulha, que atende por José Renan Vasconcelos Calheiros, se não sair por vontade própria, a bem do Brasil e dos brasileiros honestos, tem que ser tirado a forceps

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