Números da Vergonha e da Miséria

Por Adauto Medeiros

Tive acesso recentemente a um quadro de impostos que recai sobre a comercialização do petróleo em nosso país. Os números são alarmantes. Em qualquer país sério já era para ter havido uma revolução. Aliás, a revolução que os americanos fizeram para obter sua independência dos Ingleses, foi exatamente para combater a carga pesada de impostos que o Rei da Inglaterra fez cair sobre a então colônia. Mas vamos aos números do Brasil, porque achamos que uma revolução aqui nos parece sem qualquer perspectiva. Ou seja, o cidadão brasileiro irá continuar a ser roubado pelos governos impunemente.
Bom, mas basta dizer em linguagem simples e direta, que o imposto sobre a gasolina nossa de cada dia é de 1,0727 reais sobre o litro. Isso representa o equivalente a 49% do preço. Por esses números podemos ver que quem movimenta os transportes movidos a gasolina e diesel é o imposto e não o combustível. E mais: a pergunta que cabe é: diante desses números e em confronto com a infra-estrutura das nossas estradas, para que serve mesmo esses impostos?
O óleo diesel tem imposto de 0.4473 por litro, o que representa, leiam bem, 38% do valor na composição do custo. Com projeção pelo consumo de janeiro a junho de 2007, o consumo de gasolina no Brasil será de 24 bilhões de litros, o que representa um total de impostos em valores financeiros de 25.744.800,00 (vinte e cinco bilhões, setecentos e quarenta e quatro milhões e 800 mil reais). Já o óleo diesel o consumo é de 30 bilhões de litros e o imposto total que incidirá sobre esses números é de 13.461.190,00 (treze bilhões quatrocentos e sessenta e hum milhões e cento e noventa mil reais). São números e cifras que impressionam ao mais desatento dos cidadãos.

O governo portanto, arrecada (previsão) só de combustível o valor total de R$ 39. 205.990,00 (trinta e nove bilhões duzentos e cinco milhões novecentos e noventa mil reais). Isso só de combustíveis.
Mas os números não param. Só para movimentar a frota do governo (federal) de janeiro a junho deste ano, a previsão é de um gasto de 132 milhões de litros de óleo diesel e 180 milhões de litros de gasolina. Isso explica porque só em Brasília com suas “frotas” de bebedouros de combustíveis, as ambulâncias não param de rodar das cidades menores para a Capital levando doentes, por falta de hospitais, alias por faltar tudo, até um simples ban daid.
Esses números todos revelados aqui foram extraídos do estudo feito pela Fecombustivel, que mostra também que a margem de lucro de um posto de gasolina é em média de R$ 0,310 por litro de gasolina e R$ 0,19 para o diesel. Agora vejam o absurdo quando comparamos com o imposto arrecadado pelos governos que é de 1,0727 do lucro de quem gera emprego, trabalhando duro dia e noite. É simplesmente vergonhoso. Vergonhoso. Enquanto isso no Senado e no Conselho de “Ética” do Senado.
Para a sociedade libertar-se desse absurdo, precisa com urgência diminuir os gastos públicos para diminuir os impostos. Sem uma coisa, não se chega à outra. Hoje estamos dominados pela social democracia que não sabe diminuir despesas, mas sabe tomar dinheiro do contribuinte e gastar irresponsavelmente. O setor produtivo alimenta essa farra e imoralidade. Precisamos com urgência da liberal democracia para acabar com esta burrice de “tudo pelo social”.
Diante dos números aqui apresentados, é fácil constatar que o combustível nesse país não pode baixar, mesmo com o dólar passando de R$ 4,00 para R$ 2,00 ou abaixo disso, porque o imposto não diminui. O incrível, também diante dos números é que temos mais um recorde: termos os combustíveis mais caros do mundo e também um dos povos mais miseráveis e um governo rico. E o pior, é que os esquerdistas ainda põem a culpa no neoliberalismo. Não é engraçado?


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