Mais um capitulo rapidamente encerrado. Senador Roriz (foto) – “macaco velho” em matéria de política imoral – depois de vários mandatos de governador enriquecendo ilegalmente, conseguiu ser eleito senador. Quase não toma posse, devido a muita sujeira denunciada. Mas eis que, “milagrosamente”, dois ministros trocaram seus votos e com isso ele foi diplomado. Levou consigo – como suplentes, essa coisa vergonhosa que só existe no Brasil – dois indivíduos também encrencados com a Polícia e a Justiça devido a falcatruas.
Descoberto com facilidade, já que provas abundantes não poderiam ser ignoradas, viu que estava enrascado. Como enfrentar um processo de cassação com tantas evidências? Seguindo exemplo de três mensaleiros da Câmara, renunciou com a certeza de que nas próximas eleições, sem perder os direitos políticos, voltará ao senado juntamente com seus apadrinhados. Assim já aconteceu também com ACM e Jader Barbalho. Todos estão aí felizes com seus direitos conservados. Jader então teve até a mão beijada pelo presidente Lula!!!
Gente assim continua sendo eleita porque infelizmente a grande maioria dos eleitores é constituída de mal informados e desinteressados na maior das responsabilidades, a formação de um governo.
Maior prova disso é que 64% do povo continuam considerando o presidente atual o melhora da história. Do modo como Lula se comporta – está batendo recorde do Fidel e do Chávez – fazendo comícios todos os dias (até mais de uma vez por dia) desde que assumiu em 2003, sem dúvida estará sempre em evidência como o moral que de nada sabia e de nada sabe...
Ainda no senado, o presidente Renan mexe daqui, mexe dali, com lama fétida até ao pescoço, conseguiu barrar o processo de cassação. Volta para a comissão de ética (tem alguma letra menor que a minúscula? Se alguém souber informe para ser usada nas referências de Brasília) a questão. Comissão que ninguém queria aceitar, pois pra isso teria que ser honesto.
Pior ainda. Existe uma lei que precisa ser aprovada neste mês: A de diretrizes orçamentárias. A votação tem que ser feita pelo Congresso Nacional (junção de câmara e senado) presidida por ninguém menos que o acusado Renan. Que valor terá uma decisão tomada nestas condições?
Estamos à espera da indignação mostrada no início dos anos 90. Por muitíssimo menos do que acontece hoje, milhares de pessoas, jovens e adultos saíram ás ruas com as “caras pintadas” exigindo cassação, moralização etc..
Quando a teremos desta vez?
pzabeu@uol.com.br
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