28 de jul. de 2007

O Sino do Ministro

Por Giulio Sanmartini

“Cumana e medio che future”
Esta é uma expressão dialetal usada pelos chefes mafiosos sicilianos, que numa tradução abrandada diz o seguinte: “Mandar é melhor que fazer amor”.
O ministro da Defesa Nelson Jobim logo em seu primeiro dia de trabalho fez funcionar sem miséria o princípio prepotente dos bandidos associados, haja vista, os conceitos emitidos pelo novo ministro, a respeito de ser ele quem comanda. Ora, se um comandante precisa enfatizar o óbvio será porque não se acha tão confiante assim no comando.
Foi grosseiro com os maiores prejudicados pelo caos no tráfego aéreo, os passageiros. Disse que se o preço da segurança nos vôos for o desconforto dos usuários, eles continuarão nas longas filas e em salas sem refrigeração. Ora, existem diversas formas de se pedir sacrifícios à população, mas essa, positivamente, não é a melhor.
Waldir Pires foi tratado sem a mínima educação nem fair play, Jobim não respeitou nem seu passado nem sua idade, portanto toda a fidalguia que parecia ter nada mais é que uma falácia.
Pires em resposta avaliou que o problema no setor aéreo não vai ser resolvido “instantaneamente” ou com declarações, pois se trata de uma questão de estrutura. “O perigo são as frases de efeito”, afirmou, referindo-se à postura do novo ministro Nelson Jobim.
Nelson Jobim dando certo ou dando errado sempre terá que carregar duas máculas indeléveis: a de ter fraudado a constituição de 1988 e ter-se jactado do fato quando presidente de Supremo Tribunal Federal, e de ter transformado em algo admissível um jogo da juventude, quando junto com companheiros da Universidade, furtaram um sino histórico, mas inadmissível num ministro do Supremo Tribunal, que recusou.-se a devolvê-lo quando do centenário dessa Universidade
Mudar o que está ruim não é um desejo como pensa Jobim, mas uma obrigação e se não agir assim, vai
dar com os burros n’água.

Leia a matéria do furto do sino

Um comentário:

Unknown disse...

Respeitar o passado do ex ministro Waldir? Que passado? Os mortos passados no desastre da GOL.
Já foi tarde.