Sem Culpados

Por Fabiana Sanmartini

Peço licença a quem esperava ler hoje um artigo sobre os laudos do IML(Instituto Médico Legal) a respeito dos mortos ou executados no Complexo do Alemão. Desculpem-me, isso vai ficar para amanhã. Minha inclusão neste blog foi inicialmente falando sobre animais e este será o assunto, haja vista um trágico acontecimento.
Preciso falar sobre a morte do menino de três meses atacado pelo Pit Bull em Minas Gerais. Sua avó precisou abrir a boca do animal para tirar o menino de lá, e também foi atacada. A polícia precisou abatê-lo a tiros, e o cachorro fez tudo isso preso a uma corrente. Vou reforçar a pressa em para que seja aprovada a Lei de Posse Responsável, isto é, quem quer ter um cão de patrulha, de guarda ou pits, é responsável por manter-lhes em condições de segurança.
Os canis que comercializam estas raças devem informar e atestar seu temperamento escusando-se assim da conivência. Quem compra só deve comprá-los com estes documentos, e sabendo se tem condições de mantê-lo longe de encrencas. Para um Pit Bull não é suficiente uma corrente, ele arrasta um carro! Até que ele se acostume à presença da criança junto à família (que ele teoricamente protegia), com seu choro, com seus gritos, o cão deve ser mantido de focinheira. O Pit Bull é diferente do American Staffordshire, Staff Bull e até do Bull Terrier. Estes três bem criados, com temperamento atestado pelo criador, convivem bem com as crianças, maiores é claro, um bebe de três meses ainda é muito pequeno. Foram diversas raças que se cruzaram dando origem ou pit Bull, que ainda aguarda reconhecimento de FCI (Federação Cinofílica Internacional). É preciso parar com as “doações” de cães desta raça, assim fica difícil manter um padrão de temperamento. Entenda bem sou a favor dos criadores sérios, íntegros que não cruzam animais com desvio de temperamento, em qualquer raça estes são castrados. Falei esta semana no artigo de segunda feira sobre cães atletas, eles precisam de atividades. No tempo em que tiverem de ficar presos, precisam de um canil seguro, do qual não consigam pular ou derrubar a porta. E não podem de forma alguma ficar confinados. A agressividade natural da raça precisa ser canalizada para outras atividades. Se não podemos ter acomodações adequadas para cães de porte grande ou gigante, eles podem até ser mansos, mas irão se meter em confusões, então é melhor termos cães de alarme. Estes caso mordam, não causarão uma tragédia! Não vamos procurar culpados entre os racionais ou entre os irracionais, mais um acidente engrossa a lista de violência animal. O que é preciso para que episódios assim não se repitam, é a informação, que esta família certamente não teve ao adquirir seu animal. Não esquecendo de tomarmos cuidado com os modismos, você não fica mais elegante porque tem um Poodle, nem mais forte porque tem um Pit.