15 de set. de 2007

O “Eu Acuso” de Chico Alencar

"O Lula lá na Dinamarca, há algo de podre no reino do Brasil. Mas operando, fortemente, pela defesa do Renan. O PT trabalhou para defender o Renan e o esquema. O Mercadante (Aloizio Mercadante, senador) - para mim, foi surpresa - também. Ele, todo falante, sempre cheio de intelectualidade, uma certa soberba, ficou quietinho lá, mas andava muito no plenário. No final, confessou o voto neutro que não era neutro neste caso, porque precisava 41 votos para cassar o Renan, foram 35 com 6 abstenções. Foi a solução petista".
Foi o que disse ontem o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), na conversa que costuma manter todas às sextas-feiras no Buraco do Lume, numa das mais movimentadas esquinas do Centro do Rio.
Ele disse aos seus simpatizantes o que todo o brasileiro medianamente esclarecido sabe.

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Um comentário:

Anônimo disse...

ABSTENÇÃO DO SENADOR PETISTA GAÚCHO PAULO PAIM SALVA MANDATO DE RENAN CALHEIROS


Já tem nome e um rosto o responsável pelo voto que foi decisivo para manter o mandato do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado Federal, na votação no Plenário que decidia o processo de cassação por falta de decoro parlamentar. O nome é a cara são do senador petista gaúcho Paulo Paim. Ele se absteve na votação, e dessa forma garantiu o voto que os petistas do Palácio do Planalto buscavam para garantir o mandato de Renan Calheiros. Desde a véspera, em um jogo de futebol-society, em Brasília, alguns personagens salientes da vida política na capital nacional já sabiam como votaria o senador petista gaúcho. Os três senadores gaúchos (além de Paim, também Pedro Simon, do PMDB, e Sérgio Zambiasi, do PTB), haviam combinado votar em conjunto, para que ficassem claros os seus votos. Mas, na hora da votação, Paulo Paim conseguiu sair de perto deles, escapando da vigilância. Outro voto pela abstenção também foi petista, este admitido publicamente, pelo senador paulista Aloizio Mercadante. Este líder petista já foi mais "xiita". Há 13 anos, como deputado federal que divida apartamento com seu colega também deputado federal José Dirceu, e mais um assessor da CPI do Orçamento, o ínclito Waldomiro Diniz, Mercadante fez todo esforço para encontrar um papel que comprometesse seu colega Ibsen Pinheiro. E ele acabou cassado, por uma mentira. No papel que Mercadante e José Dirceu meteram nas mãos de Waldomiro Diniz, para levar até a sucursal da revista Veja, eles diziam que ali estava a prova de que Ibsen Pinheiro tinha desviado um milhão de dólares para o Exterior (Uruguai). Na verdade, tratava-se da transferência de apenas mil dólares para uma casa de câmbio de Rivera, cidade colada a Sant'Ana do Livramento. Na época, Mercadante abriu suas trombetas para exigir a cassação de Ibsen Pinheiro. Agora, na noite desta quarta-feira, com a cara mais deslavado do mundo, ele declarou que não tinha visto provas suficientes nas acusações contra Renan Calheiros, de usar dinheiro da empreiteira Mendes Filho, por meio do lobista Gontijo, para pagar pensão à jornalista Mônica Veloso. A diferença é que, 13 anos atrás, Ibsen Pinheiro poderia se tornar um incômodo adversário para Lula na corrida presidencial, e agora Mercadante é irmão gêmeo de Renan Calheiros no apoio ao governo Lula. Mercadante é figurinha carimbada. Na última eleição, o chefe do setor de comunicação de sua campanha ao governo de São Paulo foi pego metido até os cabelos na trama para a compra de um dossiê fajuto, junto aos empresários sanguessugas, para tentar prejudicar as campanhas de José Serra e Geraldo Alckmin. Agora, o senador gaúcho Paulo Paim juntou-se ao time. Que desfrute da convivência. Será julgado pelo eleitorado gaúcho

Jornalista Vitor Vieira
Diretor-editor de Videversus