23 de set. de 2007

Poderes Associados para Delinqüir

Por Giulio Sanmartini

Jamais na história da República brasileira se presenciaram atos de clientelismo tão explícito. Os votos do Legislativo são comprados pelo Executivo como quem vende bananas.
A moeda em circulação são as verbas dotadas aos postos que senadores e deputados trocam por seus votos, quantos mais altas, maior o valor do escambo. Por que isso? claro quanto mais dinheiro um posto tenha para gastar maiores são suas chances de seu titular ou “padrinho” enriquecer desonestamente com propinas. O Legislativo pensa somente, a exemplo de Renan Calheiros, em fartar-se ilícita e impunemente. O eleitorado que o colocou no cargo e o contribuinte que lhes paga os nababescos salários, que se danem, que se arrebentem.
A moral, a ética, a hombridade, a honestidade que até pouco tempo eram condições sine qua non para ter-se uma cadeira no Congresso, caíram em desuso. Este é o Brasil que o Partido dos Trabalhadores construiu, essa será a maldita herança que a súcia atualmente no governo, deixará a seu sucessor.
Escreve sobre o fato Miriam Leitão. “A aprovação da CPMF foi apenas a primeira. O imposto terá que passar por pelo menos mais três votações em plenário: uma na Câmara e duas no Senado. Isso sem falar na votação de destaques e emendas aglutinativas. Mesmo assim, essa primeira votação foi o suficiente para se ver um escandaloso troca-troca, um verdadeiro mercado persa de cargos públicos, uma explícita compra de votos por cargos nas empresas e órgão públicos.
Nas próximas semanas isso vai piorar. E quando chegar ao Senado a vergonha vai aumentar ainda mais porque lá a maioria do governo é bem mais frágil. Senadores da oposição estão sendo atraídos para partidos que apoiam a base. É ação preventiva.”
Até quando?

Um comentário:

Anônimo disse...

Preciso! Ciro fez o elogio de corja, seguido do devaneio racista, afirmando que branco vota contra a CPMF. Foi um palpite infeliz do inteligente homem do Nordeste. Quis dizer que branco age de forma incorreta? E se desejou afirmou que afrodescendente desponta como titular absoluto da bolsa-coletiva (esmola eleitoral)? O pau pegou em Chico e em Francisco. Bateu nos decentos do Parlamento e no Povo. Cor parece ser distinta de caracteres de uma pessoa, fez um racacau na antropologia. A pele desmerece o patamar de fazer de um homem um verdadeiro brasileiro. Cumpre pregar a igualdade, em todos os segmentos. As suas palavras aprofundam rancores. Discutir moralidade de Parlamento na terra brasiliano parece jogo de adivinhar o incerto com conhecimento do resultado. Bem definiu a jovem alagoana: um corredor, banca de negociar valores, cargos e votos. Tudo celebrado na festa do ultraje ao sentimento de nacionalidade. Sai apregoando, em lugar de trabalhar no recinto verde da primeira fase cameral, candidatura, negando o que a fisionomia revela como obviedade. Muito cedo, vai "cristianizado", muito tempo para permanecer candidato, o que depende de ter um conjunto especial a seu lado, como o Governo Federal (trabalhar nunca, fazer discurso de campanha, sempre). Assim segue a Humanidade emergente nacional. Plagiando com suavidade o irreverente Juca, "Obrigado, Caixinha".