24 de out. de 2007

A China está chegando.

Não foi por falta de aviso. O alerta partiu, há alguns anos, do principal negociador comercial dos Estados Unidos, Robert Zoellick.
Os chineses vêm aí, disse ele, e os brasileiros estarão mais protegidos se tiverem um acordo comercial com os Estados Unidos. O governo brasileiro preferiu menosprezar a advertência e torpedear a Área de Livre Comércio das Américas (Alca).
Entre 2002 e 2006, a fatia chinesa nas importações dos Estados Unidos cresceu 44,4%, passando de 10,8% para 15,6%. No mesmo período, a fatia brasileira ficou em 1,4%. Obviamente, as vendas brasileiras só se mantiveram nessa proporção porque cresceram em valor absoluto.
O Brasil falhou também nas negociações com a União Européia. No caso da Alca, o projeto foi afundado por uma ação proposital dos governos brasileiro e argentino. No caso da União Européia, o que faltou foi um mínimo de entendimento razoável entre os governos da região - principalmente os do Brasil e da Argentina. Prevaleceu a política defensiva.
O indicador, no que parece, mostra que o substituto do presidente Lula, seja ele quem for, terá uma, agora de fato, herança maldita.

Leia matéria em O Estado de São Paulo

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