24 de out. de 2007

Homenagem a um verdadeiro homem público

Nota de Villas-Bôas Corrêa sobre o recém desaparecimento de José Aparecido de Oliveira (Conceição do Mato Dentro, 17 de fevereiro de 1929 — Belo Horizonte, 19 de outubro de 2007):
Foi governador do Distrito Federal de 1985 a 1988 e ministro da Cultura do governo do presidente José Sarney. Embaixador do Brasil em Portugal, foi um dos fundadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, deputado federal dos mais votados em Minas Gerais, secretário particular de Jânio Quadros.

“Chego atrasado para este modesto registro sobre o falecimento do meu compadre e amigo de dezenas de anos José Aparecido de Oliveira, justamente homenageado pelo governo mineiro e por sua legião de devotos do culto da amizade.
Zé Aparecido teve a sua biografia resumida nos registros da mídia: assessor político do governador, parlamentar e ministro de Magalhães Pinto; secretário particular de decisiva influência nos sete meses do embirutado Jânio Quadros, embaixador do Brasil em Portugal, prefeito de Brasília, cassado pela ditadura militar e amigo de todo o mundo.
Só agora, o ex-presidente Itamar Franco revelou que o escolhera para candidato à sua sucessão. Os primeiros sinais da doença inviabilizaram a hábil jogada de Itamar. José Aparecido seria provavelmente eleito. Não posso adivinhar como seria o seu governo. Uma coisa é certa: meu compadre não cometeria o erro de alterar a Constituição para encaixar a praga da reeleição. E não precisaria fazer mais nada para merecer a nossa gratidão.”

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