16 de out. de 2007

A moça que dava certo

Por Adriana Vandoni

Vê se não é interessante! Estava lendo a história de Sandra Avila Beltran que tem encantado a imprensa mexicana. Ela é descrita como uma mulher bonita, com curvas perfeitas, cabelos negros e sedosos, antenada à moda. Aos 46 anos, envolve com seu charme e seus gestos requintados. Ágil e bem sucedida, ela é um fenômeno de mídia.
Sandra faz questão de afirmar em todas as entrevistas que se fez sozinha e que começou a trabalhar aos 15 anos. Tinha a favor o tino para os negócios, disciplina e atributos físicos, que soube usar muito bem. Sua lista de conquistas amorosas é primorosa, só top de linha. Inclui pessoas como o El Mayo e Nacho, ambos traficantes poderosos do cartel de Sinaloa. Ela jamais se “apaixonava” por um simples integrante de um cartel, tinha que ser um líder.
De coração volúvel e exigente, ela usava seus amantes para subir um degrau a mais em sua carreira. Apesar de negar, pois insiste em dizer que nunca usou profissionalmente seus casos amorosos. Costuma dizer que sua carreira independe de seus homens.
Sua consagração mesmo veio através do seu mais caliente caso de amor, com “El Tigre”, um colombiano notório traficante do Cartel do Vale Norte, comandado por Dom Diego, este é o mesmo Cartel de Juan Carlos Ramirez Abadia, preso no Brasil. Foi através desse seu amante que ela se posicionou no mais alto escalão do submundo mexicano. Por interferência dele, ela assumiu o controle dos carregamentos de cocaína da Colômbia para os portos do México e passou a ser conhecida como a Rainha do Pacífico.
Interessante, não é? No currículo amoroso da moça ainda aparecem dois altos chefes da polícia mexicana. Jose Luis Fuentes, comandante da polícia federal em Sinaloa e Rodolfo Lopez Amavizca, comandante do agora extinto Instituto Nacional do Combate às Drogas. Apaixonados, os dois abriram as portas para que Sandra passasse a freqüentar a alta sociedade mexicana, mas acabaram assassinados por cartéis rivais.
Estava lendo sobre o fenômeno que se tornou a traficante Sandra Avila Beltran e o furor da mídia com cada ato seu. Presa ela aumentou o encantamento das pessoas sobre sua vida.
Daí eu comecei a pensar ... talvez se ela vivesse no Brasil, além das entrevistas, ela já teria posado nua para a Playboy, estaria em plena turnê para lançar a revista pelo país e estaria anunciando o lançamento de um livro sobre sua aventurosa vida profissional.
Claro que sempre negando que seu último homem tenha colaborado com sua carreira.

Nenhum comentário: