20 de dez. de 2007

Parece que Vai Bem, mas Vai Mal

Segundo o Banco Mundial, o Brasil é a 10ª maior economia do planeta, com um PIB de US$ 1,585 trilhão, que corresponde a 2,88% das riquezas produzidas no mundo em 2005 e a praticamente metade de tudo o que América do Sul produziu no ano. Parabéns governo FHC! Parabéns governo Lula!
Só que... mesmo assim o Brasil foi o único país do Brics (Brasil, Rússia, Índia e China) que não avançou. E o que mais interessa não é a competição pela economia, mas o que ela assegura para os cidadãos.
O Brasil é a 10ª economia, mas é também o último lugar no ranking dos países com melhor desenvolvimento humano, além de estar entre os últimos em educação (leitura, ciências e matemática).
Ou seja: o Brasil vai bem, mas os brasileiros, nem tanto. O maior problema continua sendo o da distribuição macabra de renda, com uma minoria nadando em dinheiro e a maioria sem educação, sem saúde, muitas vezes sem comida. E todos sem segurança.
O Bolsa Família é necessário e bem vindo, mas é apenas emergencial, um estágio. O fundamental é garantir a inclusão social sistemática e sustentável.
Além disso, o Brasil é a 10ª economia, mas ainda capaz das maiores atrocidades contra seus cidadãos, e justamente contra os mais desassistidos, os mais frágeis.
O ano de 2007 chega ao fim com o fantasma de duas crianças trucidadas pelo próprio Estado brasileiro: a menina que foi jogada por uma delegada e mantida por uma juíza numa cela com dezenas de homens no Pará e o menino suspeito de roubar uma moto, preso pela Polícia Militar dentro da própria casa e assassinado numa cadeia em Bauru, próspera cidade de São Paulo, o mais desenvolvido Estado do país.
Foram 30 choques elétricos. Na face, nas orelhas, no tórax, no saco escrotal, nas mãos, no coração...
Segundo o Banco Mundial, o Brasil é a 10ª maior economia do planeta, com um PIB de US$ 1,585 trilhão, que corresponde a 2,88% das riquezas produzidas no mundo em 2005 e a praticamente metade de tudo o que América do Sul produziu no ano. Parabéns governo FHC! Parabéns governo Lula!
Só que... mesmo assim o Brasil foi o único país do Brics (Brasil, Rússia, Índia e China) que não avançou. E o que mais interessa não é a competição pela economia, mas o que ela assegura para os cidadãos.
O Brasil é a 10ª economia, mas é também o último lugar no ranking dos países com melhor desenvolvimento humano, além de estar entre os últimos em educação (leitura, ciências e matemática).
Ou seja: o Brasil vai bem, mas os brasileiros, nem tanto. O maior problema continua sendo o da distribuição macabra de renda, com uma minoria nadando em dinheiro e a maioria sem educação, sem saúde, muitas vezes sem comida. E todos sem segurança.
O Bolsa Família é necessário e bem vindo, mas é apenas emergencial, um estágio. O fundamental é garantir a inclusão social sistemática e sustentável.
Além disso, o Brasil é a 10ª economia, mas ainda capaz das maiores atrocidades contra seus cidadãos, e justamente contra os mais desassistidos, os mais frágeis.
O ano de 2007 chega ao fim com o fantasma de duas crianças trucidadas pelo próprio Estado brasileiro: a menina que foi jogada por uma delegada e mantida por uma juíza numa cela com dezenas de homens no Pará e o menino suspeito de roubar uma moto, preso pela Polícia Militar dentro da própria casa e assassinado numa cadeia em Bauru, próspera cidade de São Paulo, o mais desenvolvido Estado do país.
Foram 30 choques elétricos. Na face, nas orelhas, no tórax, no saco escrotal, nas mãos, no coração...
(*) Por Eliane Cantanhêde

2 comentários:

Anônimo disse...

Este texto é de Eliane Cantanhede, da Folha de São Paulo de 19/12. É muito bom. Mas você se esqueceu de mencionar este "detalhe".

ma gu disse...

Alô, Giulio.

Não tem muito jeito, não. Quando se é especialista, fica-se procurando o erro para criticar. Pela edição do texto, feito após o blog ter saido do ar, nota-se uma certa pressa em preencher matéria, com parágrafos inadvertidamente duplicados. Natural. É incomum você deixar de citar a fonte. A própria não moderação do comentário, foi uma forma de consertar o engano.
Estamos com você. E sem crítica.