11 de dez. de 2007

Quando tem que ser ditador não tem jeito

Ao comentar o resultado do referendo para aprovar a reforma constitucional, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, disse frases misteriosas como a de ter "passado várias horas com um dilema", que a proposta de reforma constitucional continua "viva" e que as modificações serão feitas "por meio de outros mecanismos".
Para os intérpretes do presidente: o dilema foi o de aceitar ou não a derrota. A afirmação de que a proposta de reforma constitucional "continua viva" e será feita de "outra maneira" significa que ele vai tentar fazê-la por decreto, mesmo se tiver de seguir o caminho da confrontação.
Com grande popularidade, cinco anos de mandato pela frente e os preços do petróleo na estratosfera, pode-se esperar tudo do coronel Chávez, menos que desista do seu "projeto socialista bolivariano". O que, aliás, só ele sabe o que significa.
Inflação alta, em torno de 20%, aumento expressivo do custo de vida, queda de mais de 30% na produção de petróleo, corrupção generalizada e falta de bens essenciais nos supermercados, como leite em pó e papel higiênico, significam, para muitos, que o "projeto socialista" já foi implantado no país...

Leia a matéria de Marcelo Medeiros no Jornal do Brasil online

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