24 de jan. de 2008

Conversa mole pra poi dormir

Por Giulio Sanmartini

"Reajo com profundo cansaço. Cansei de falar que não sou candidata". Com essa declaração a ministra Dilma Rousseff, determinou qual seria sua posição depois de 74 minutos de discurso para marcar o primeiro ano de lançamento do Plano de Aceleração do Crescimento – PAC. Mesmo com os resultados alcançados no primeiro ano do PAC e tendo pela frente as limitações orçamentárias de um ano com arrecadação R$ 40 bilhões mais magra, Dilma, com retórica de palanque, prometeu transformar o Brasil em "um canteiro de obras" em 2008.
Otimista no enaltecer os resultados do PAC, Dilma Rousseff afirmou que o plano já contabiliza 2.126 canteiros de obras em todo o país, dos quais 86% portam o carimbo verde da Casa Civil, simbolizando que o cronograma do empreendimento está sendo seguido a contento. Faz parte da lista de obras como a usina de Angra III, incluída no PAC já no lançamento do plano, mas parada desde então, por conta de liminares na Justiça. Decisão judicial determinou a realização de novas audiências públicas para que o governo possa retomar a obra.
A ministra esmerou-se também em afastar qualquer hipótese de um novo apagão no setor elétrico, possibilidade vista por seus adversários políticos como um obstáculo às chances de Dilma lançar-se à sucessão presidencial com a chancela de Lula. Titular do ministério de Minas e Energia durante os dois primeiros anos do primeiro mandato do presidente Lula, a ministra manteve forte influência sobre a pasta mesmo depois de assumir a Casa Civil.
O resultado que se percebe, é que mesmo dizendo com veemência e mau humor não ser candidata, vem se comportando como se fizesse somente isso.
Dilma tem boas dificuldades para lançar sua candidatura. Logo de saída falta-lhe simpatia pessoal, é totalmente privada de carisma. Depois falta-lhe uma grande realização de impacto para poder superar essa grave falta. O PAC, ao que tudo indica é mais uma falácia do governo, portanto vai ser muito difícil que ela venha ter sucesso ao enfrentar essa flanco exposto.
Agora é esperar e ver. Acredito que as eleições municipais serão um aperitivo para mostrar o que pode se encontrar em frente, mas vai ser complicado que ela consigo absorver qualquer benesse de uma possível vitória. Talvez fique com os deméritos, e Lula se aposse dos méritos.
Até 2209, ano das presidenciais ainda muita água passará por baixo da ponte e o que se percebeu é que Dilma começa a ser candidata quando diz que não é

Texto de apoio: Fernando Exman e Karla Correia

3 comentários:

Anônimo disse...

Realmente, o país é um canteiro de obras. É "obra" no Senado, é "obra" na Câmara, é "obra" nas prestações de contas da verba indenizatória de nossas excelências, é "obra" dos petistas aloprados, etc, etc. Enfim, é "obra" pra todo lado.

Anônimo disse...

E tem mais, essa mulher não tem cara de cafetina de bordel de beira de estrada?

Anônimo disse...

Essa mesma promessa Lula fez quando viajou à África: "Quando eu voltar, farei desse país um canteiro de obras."

E aí? Cadê o canteiro? E as obras?
Ficou obrado de promessas.

É conversa mole pra boi dormir mesmo...