30 de jan. de 2008

Lobão Filho

O suplente de senador Edison Lobão Filho pode estar prestes a perder parte de seus bens particulares para saldar uma dívida de 5,5 milhões de reais que assumiu junto ao Banco do Nordeste – e que nunca pagou. A dívida milionária é fruto de um empréstimo tomado pela Bemar Distribuidora de Bebidas em 1997, da qual Lobão Filho foi sócio – no papel – até 1998. Nos documentos do banco, o suplente aparece como o fiador do empréstimo. Sem ver a cor do dinheiro, o Banco do Nordeste foi à Justiça, que agora tenta executar a dívida.

Os bens pessoais de Lobão Filho podem ser tomados porque a garantia dada por ele na operação não é suficientes para cobrir o saldo devedor: uma fazenda de 19,8 mil hectares, na Bahia, localizada no município de Sento Sé. Segundo a própria Bemar, a propriedade vale 4,5 milhões de reais apenas. Para piorar, a própria existência das terras é colocada em dúvida pela empresária Maria Luiza Thiago de Almeida, ex-sócia de Lobão Filho na Bemar. Em 2006, ela disse à Polícia Civil que tal fazenda nunca existiu.
Para não perder o que tem, Lobão Filho tenta se livrar na Justiça da condição de fiador do empréstimo, argumentando que o responsável por tal dívida é empresário Marco Antonio Costa – segundo ele, seu verdadeiro sócio na Bemar de 1996 a 1998. O sócio é o grande bode expiatório de Lobão Filho. Acusado de ter falsificado a assinatura de uma empregada doméstica para transferir suas ações na Bemar para ela – limpando assim o seu nome das irregularidades que vêm sendo descobertas – o suplente também diz que a culpa é de Costa.
Quando foi questionado pelo jornal Folha de S. Paulo a respeito de sua responsabilidade na cobrança, Lobão Filho foi direto: "estou pouco me lixando". O filho do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, pode achar que não é com ele. O Tribunal de Justiça do Maranhão, que tenta executar a dívida, pensa de forma diferente.
Veja

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