21 de jan. de 2008

No momento do corte, o contribuinte é esbofeteado

Longe do Palácio do Planalto, com a prerrogativa da Constituição, parte da prole do presidente da República vive na tropical ilha de Florianópolis cercada de seguranças.
É um direito legal. A determinação do Executivo de abrir licitação para a manutenção da frota que serve à parentada, no entanto, é mais um fato que beira um acinte em tempos que Luiz Inácio Lula da Silva cobra o "corte na veia" dos Três Poderes para compensar a perda da arrecadação da CPMF.
Nada menos que sete carros servem à família da filha de Lula, Lurian Lula Cordeiro da Silva. São cinco Fiat Marea, um Astra Confort e um Pálio, usados por motoristas e seguranças. O edital deve ser tirado no escritório da Presidência na capital catarinense no dia 28. "A presente licitação tem por objetivo a seleção e contratação de empresa especializada com vistas à realização de serviço de assistência técnica, manutenção preventiva e corretiva, inclusive funilaria, lanternagem e pintura, em veículos automotivos movidos a álcool e/ou gasolina, das marcas GM e Fiat, pertencentes à frota da Secretaria de Administração da Presidência e em serviço na cidade de Florianópolis", informa o documento. Os serviços são válidos até 31 de dezembro deste ano. Vence a empresa que propuser o menor custo/hora por mecânico para os serviços.
A justificativa da Presidência é que a frota já passou dos 80 mil quilômetros rodados. Dados da Secretaria da Presidência também são claros: os gastos com a manutenção dos sete carros, de 2004 até o ano passado, subiram de R$ 6 mil para R$ 45 mil.
Lurian mora num apartamento confortável na capital. Em 2003, em companhia de Jorge Lorenzetti, o churrasqueiro aloprado amigo do presidente, a filha de Lula abrira uma ONG, a Rede 13, para assistência social. Angariou cerca de R$ 20 milhões em contratos e fechou a entidade em três meses. Hoje, precisa dos sete carros. Mas não é para fazer caridade.

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