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As arapucas espalhadas pelo mais importante dos 37 ministérios pegaram o então todo-poderoso ministro Antonio Palocci no episódio muito mais traumático e desmoralizante da quebra do sigilo bancsabidos e céticos gostam de exibir o desprezo por todas as mandingas, relegadas a simples truques para enganar os trouxas ou à crendice de religiões primitivas.
Mas há coincidências que se repetem com tal freqüência que reclamam alguns minutos de reflexão, espicaçada pela curiosidade. Agora mesmo, no bojo da crise que inferniza o segundo ano da reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o inferno em que se transformou o setor encarregado de gerenciar o milagre de cortar bilhões das despesas orçamentárias para tampar o rombo de R$ 40 bilhões, aberto com a derrota do governo na derrubada pelo Senado da prorrogação até 2011 da cobrança da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira - a CPMF ou o amaldiçoado imposto do cheque para os íntimos - o segundo ministro da Fazenda dos dois mandatos, Guido Mantega, está pagando com juros os seus pecados. E, com o escorregão da frase azarada, como mancha de tinta que não se apaga da sua biografia.
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