Têm muita gente chamando de tragédia da Amazônia os números divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE sobre o desmatamento da região entre agosto e dezembro de 2007 que chegam a 3.235 quilômetros quadrados.
O presidente Lula ficou assustado com a revelação. Convocou uma reunião de emergência com sete ministros.
Durante a reunião o governo federal proibiu o desmatamento em 36 municípios de quatro estados (Mato Grosso, Pará, Rondônia e Amazonas) que fazem parte do bioma amazônico, que juntos são responsáveis por 50% da derrubada de florestas da Amazônia. O Mato Grosso lidera o ranking, com 19 municípios que mais desmataram nos últimos cinco meses, seguido pelo Pará com 12, Rondônia com 4 e o Amazonas com um.
Além disso, o presidente Lula orientou os ministros Marina Silva (Meio Ambiente), Reinhold Stephanes (Agricultura), Nelson Jobim (Defesa), Sérgio Rezende (Ciência e Tecnologia), Dilma Rousseff (Casa Civil), Tarso Genro (Justiça) e Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário) para que tratem diretamente do assunto e sobrevoem os municípios onde se registram os principais percentuais de derrubada de árvores. A idéia é que eles identifiquem os problemas e definam por ações conjuntas.
Na reunião aconteceu uma divergência entre a ministra Marina Silva e o ministro Reinhold Stephanes. Ela acusou o crescimento dos pastos e das plantações de soja, principalmente no Mato Grosso e em Rondônia, acusando os governadores Blairo Maggi e Ivo Cassol de coniventes. Ele a rebateu, afirmando que não era hora para achismos.
Achismo ou não, se tem uma constatação real. Os 36 municípios que mais desmataram estão localizados em quatro estados governados por aliados de Lula desde 2007.
Mas isso é apenas um detalhe. O que chama atenção são as desculpas dos governadores dos estados mais atingidos.
Blairo Maggi desclassificou o levantamento do INPE, distribuindo uma nota que pelas tantas diz “que discorda da forma como estão sendo interpretados dados divulgados pelo INPE, "uma vez que a metodologia utilizada, como reconhecem os próprios técnicos do INPE, não é precisa para determinar cálculo de área e tampouco estatísticas para comparação de dados de desmatamento, podendo incorrer em erros e apresentar discrepâncias de números quando comparada com dados de metodologias semelhantes".
A governadora Ana Júlia Carepa (Pará) acusou o avanço das plantações de cana-de-açúcar como responsável pelo aumento do desmatamento nos últimos cinco meses de 2007.
A desculpa de Ana Júlia, pode não ter agradado ao presidente Lula, mas é mais viável do que a da ministra Marina Silva, que se valeu da recorrente má vontade dos ambientalistas contra a soja e a agropecuária.
Mas o mais importante é a orientação dada por Lula aos ministros de sobrevoar as áreas desmatadas.
Essa orientação remete a uma reflexão sobre o que escreveu o sertanista José Carlos dos Reis Meirelles Junior no Blog do Altino.
Em artigo intitulado “O bafo da Amazônia”, o sertanista afirma em determinado trecho:
Vista de cima, em documentários ou filmes, a Amazônia é sentida superficialmente. Quando se está nela, seu bafo úmido atola nossos pés no chão, nos obrigando a pensar com os pés fincados nela, literalmente.
Não venham me dizer que isso pode ser feito de longe. Até pode, logo depois de sentir o bafo. Digo isso porque as salas do poder têm o efeito amnésia, fazem a gente esquecer a realidade.
Os homens públicos da Amazônia deveriam, pelo menos uma vez por ano, sentir o bafo da Amazônia. Muitos deles, só para lembrar, de onde vieram.
O sertanista vai ao âmago da questão. A orientação de Lula é inócua. De nada adianta sobrevoar a Amazônia. Sobrevoando se vê o estrago, mas não se tem idéia de quem o provocou. Isso só pode ser constatado sentindo o bafo da Amazônia.
Aliás, o presidente Lula, em 2003, logo depois da posse, fez uma excursão com os ministros para visitar algumas comunidades carentes no Nordeste.
Bem que ele poderia repetir a dose. Que tal convidar os ministros envolvidos com o desmatamento da Amazônia para uma expedição comandada por ele aos 36 municípios mais afetados pelo desmatamento, segundo o INPE.
Afinal, ele gosta tanto de viajar e essa seria uma viagem e tanto.
Na reunião aconteceu uma divergência entre a ministra Marina Silva e o ministro Reinhold Stephanes. Ela acusou o crescimento dos pastos e das plantações de soja, principalmente no Mato Grosso e em Rondônia, acusando os governadores Blairo Maggi e Ivo Cassol de coniventes. Ele a rebateu, afirmando que não era hora para achismos.
Achismo ou não, se tem uma constatação real. Os 36 municípios que mais desmataram estão localizados em quatro estados governados por aliados de Lula desde 2007.
Mas isso é apenas um detalhe. O que chama atenção são as desculpas dos governadores dos estados mais atingidos.
Blairo Maggi desclassificou o levantamento do INPE, distribuindo uma nota que pelas tantas diz “que discorda da forma como estão sendo interpretados dados divulgados pelo INPE, "uma vez que a metodologia utilizada, como reconhecem os próprios técnicos do INPE, não é precisa para determinar cálculo de área e tampouco estatísticas para comparação de dados de desmatamento, podendo incorrer em erros e apresentar discrepâncias de números quando comparada com dados de metodologias semelhantes".
A governadora Ana Júlia Carepa (Pará) acusou o avanço das plantações de cana-de-açúcar como responsável pelo aumento do desmatamento nos últimos cinco meses de 2007.
A desculpa de Ana Júlia, pode não ter agradado ao presidente Lula, mas é mais viável do que a da ministra Marina Silva, que se valeu da recorrente má vontade dos ambientalistas contra a soja e a agropecuária.
Mas o mais importante é a orientação dada por Lula aos ministros de sobrevoar as áreas desmatadas.
Essa orientação remete a uma reflexão sobre o que escreveu o sertanista José Carlos dos Reis Meirelles Junior no Blog do Altino.
Em artigo intitulado “O bafo da Amazônia”, o sertanista afirma em determinado trecho:
Vista de cima, em documentários ou filmes, a Amazônia é sentida superficialmente. Quando se está nela, seu bafo úmido atola nossos pés no chão, nos obrigando a pensar com os pés fincados nela, literalmente.
Não venham me dizer que isso pode ser feito de longe. Até pode, logo depois de sentir o bafo. Digo isso porque as salas do poder têm o efeito amnésia, fazem a gente esquecer a realidade.
Os homens públicos da Amazônia deveriam, pelo menos uma vez por ano, sentir o bafo da Amazônia. Muitos deles, só para lembrar, de onde vieram.
O sertanista vai ao âmago da questão. A orientação de Lula é inócua. De nada adianta sobrevoar a Amazônia. Sobrevoando se vê o estrago, mas não se tem idéia de quem o provocou. Isso só pode ser constatado sentindo o bafo da Amazônia.
Aliás, o presidente Lula, em 2003, logo depois da posse, fez uma excursão com os ministros para visitar algumas comunidades carentes no Nordeste.
Bem que ele poderia repetir a dose. Que tal convidar os ministros envolvidos com o desmatamento da Amazônia para uma expedição comandada por ele aos 36 municípios mais afetados pelo desmatamento, segundo o INPE.
Afinal, ele gosta tanto de viajar e essa seria uma viagem e tanto.
3 comentários:
É tudo fantasia, faz parte da orquestração destinada a colocar mal o governo junto à comunidade ecológica internacional. O INPE está infiltrado de elementos da elite frustrada, que jamais concordará com um presidente operário-padrão. Exemplo para todos aqueles que querem ser alguma coisa na vida, e praticar o sacrifício da própria vida familiar em pról dos humildes e despossuídos, mantendo-os na miséria, com a perenização da bolsa-esmola. O resto é futrica de inapetentes e da carência de notícias em época de férias.
Adriana.
Todos sabiam do desmatamento da Amazonia.Todas as maiores torcidas dos grandes times sabiam que estavam desmatando prá valer na Amazonia....Só o Lula é que não sabia....ora...conta outra....Aí dá xilique nele e manda convocar todos os ministros para uma reunião....E a legislação que foi promulgada no final de 2007 entregando para grandes empresas multinacionais para desmatar a Amazonia como fica.....Entregaram e agora estão arrependidos....Ora...essa é só para quem acredita no Lula.Conta outra torneiro-mecânico......
Lula ficou assustado...
Lula proibiu o desmatamento...
Onde vive esse portador de amnésia seletiva?
Ele bem que podia, já que gosta de viajar, ir nos locais de desmatamento; sem vacina de febre amarela,ver in loco a obra dos desbravadores.
Poderia também reeditar o "Incrível Exército de Brancaleone" capitaneado pelo Arquimarechal Jobin e as falanges camufladas de guerrilheiros herbívoros, para tomar uma providência enérgica do tipo "doa a quem doer".HUAHUAHUA.
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