14 de jan. de 2008

Um partido sem ética

Por Giulio Sanmartini

Celso Daniel, prefeito de Santo André, assassinado em circunstâncias que permanecem misteriosas, foi substituído por Antonio Palocci, ex prefeito de Ribeirão Preto, no cargo de coordenador da campanha presidencial de Lula. Recebeu como prêmio pela vitória de Lula , a chave do cofre, isto é o ministério da Fazenda. Fez uma administração conservadora, seguindo o mesmo sistema de seu antecessor no governo Fernando Henrique Cardoso.
Desgastado por denúncias de corrupção feitas desde o ano de 2006 e após comparecer a uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) no início desse ano, Palocci deixou o ministério da Fazenda após quase 39 meses no cargo.
O principal motivo para a sua saída foi a quebra de sigilo do caseiro Francenildo dos Santos Costa, que em depoimento afirmou ter visto Palocci por diversas vezes em uma casa no Lago Sul, em Brasília, freqüentada pelos seus ex-assessores Vladimir Poleto e Ralf Barquete, suspeita-se que o local era usado para a promoção de negócios ilegais e festas com prostitutas. Palocci, negou sempre que tivesse estado nesse lugar até que o porteiro Francenildo o desmentiu. A quebra do sigilo bancário mandado ilegalmente fazer por ele, foi, como fazem os bandidos, uma chantagem.
Passou o tempo e logo depois Palocci foi eleito deputado (PT-SP).
Chega em fevereiro próximo ao Congresso o projeto de reforma tributária de Lula. O ex-ministro Antônio Palocci será o redator. E o relator, na Câmara.
Pois é, faz falta a esse governo qualquer noção de ética.
(fotografia de Francenildo dos Santos Costa).

2 comentários:

Anônimo disse...

Eis o Brasil: imagine o inverso, o reverso, qual seria o verso. Posicione o Francenildo no lugar do infrator Dr. Deputado Palloci(foi denunciado? o trabalho policial foi terminado). As honras ministeriais estariam festejando o prisioneiro de "um do povo" (eis o racismo, sem pobre e sem QI, impedido de usar o "bichinho" corporativo). E a Senhora de Olhos Vendados sentada olhando o longo caminho da impunidade. Acendam suas lanternas (para enfrentar a falta de energia, os mosquitos e a falta de vergonha-utilidade da lei brasileira). Foi o rapaz da antiguidade que saiu com uma lanterna procurando homem (o mesmo que disse a Alexandre, o Grande, que se nada fosse queria ser o Alex - olha o tolo, e que Alexandre nunca prometesse aquilo que jamais poderia lhe dar - pediu socorro pela sua vida, correto?). Que Deus salve a terrinha...

Anônimo disse...

Ética, "qui qui é issu". Na cartilha deles não consta este verbete.
Ética era apenas uma loja de confecções masculinas, no começo da avenida São João, perto do Banco do Brasil, em São Paulo, nos anos 70.