Entendo que todos os católicos fervorosos devam abrir mão das benesses da ciência moderna. Que a nenhuma criança de ortodoxamente religiosa família católica estejam disponíveis certos remédios. De que a nenhum creacionista seja disponível qualquer dispositivo ou benesse oriunda dos conceitos darwinistas. E por aí afora.
Nós outros, não-crentes seguiremos nos regozijando com TV e telefonia via satélite e outros privilégios. Não temos nada a ver com tribunais da inquisição oferecendo de um lado a confissão de erro, de outro as chamas da inquisição a Galileu Galilei.
Mesmo os católicos que hoje não aceitam o centrismo solar rejeitando esta e outras bestesiasi (besteira com heresia) terão de revisar sua profissão de fé antes de serem candidatos a usar as benesses modernas.
Pois se um papa do século XVI decretou alguma coisa e era infalível por dogma como poderá ser infalível o papa que decidiu dizer que não era bem assim, que de fato o Sol não gira em torno da Terra. Infalível é infalível. Falível é falível.
Coitados dos católicos paraplégicos e com Parkinson. No futuro estarão sofrendo enquanto os membros de outras fés estarão saltitando pelos campos floridos.
Mas fazer o que? Nós, os adeptos da boa ciência, não podemos impor aos crentes de certas religiões os nossos pontos de vista. Seria tirar-lhes o direito de livre arbítrio.
Já por outro lado não podemos aceitar que qualquer igreja venha a barrar o acesso aos meios de salvar vidas disponíveis em decorrência do desenvolvimento da ciência. Nem que uma religião limite o raciocínio, a própria liberdade de divagar mentalmente, àqueles que não a professem.
E certamente temos de rejeitar a tentativa de encilhar as nossas liberdades por uma religião que soube mandar à tortura e à execução pelo fogo aqueles que dela divergiam com o beneplácito de um “infalível”.
Fico imaginando um sujeito entrevado paralítico numa maca ante um escrivão de cartório. O assistente médico lhe lê um formulário: “A injeção/tratamento que estamos por lhe aplicar advém de tecnologias não aceitas pelas religiões ........ Caso o senhor, sabedor disto, mas sabedor de que sua recuperação poderá decorrer da mesma, queira ainda assim receber o tratamento pisque o olho duas vezes.” . E o escrivão lavrará e assinará uma ata.
E nós os esclarecidos teremos de adicionar àquela pulseira com tipo sanguíneo ou ao cartão na carteira enumerando fator rh e alergias a remédios a frase: “Aceita usar tecnologia de ponta sem restrições religiosas”.
Devemos lembrar que a obra do jesuíta Pierre Teilhard de Chardin, que busca conciliar a evolução com a fé, circula como os antigos “zamizdats” da União Soviética, em cópias mimeografadas, pelo mundo afora ha 83 anos. Conquanto suprimida pela “Congregação para a Fé” (antiga Inquisição, até bem pouco dirigida pelo papa atual), essa obra granjeou respeito universal fora da igreja católica. Contém explicações válidas para qualquer religião.
Toda a obra de Emile Zola estava proscrita. Apenas porque escreveu além do “J’acuse” um romance “Nana” que tinha um leve conteúdo erótico, mas que hoje seria insuficiente para excitar mesmo uma noviça de mosteiro.
É a polícia das idéias, bem parecida com o patrulhamento ideológico tão desejado pelas elites das esquerdas do Brasil.
Pois se um papa do século XVI decretou alguma coisa e era infalível por dogma como poderá ser infalível o papa que decidiu dizer que não era bem assim, que de fato o Sol não gira em torno da Terra. Infalível é infalível. Falível é falível.
Coitados dos católicos paraplégicos e com Parkinson. No futuro estarão sofrendo enquanto os membros de outras fés estarão saltitando pelos campos floridos.
Mas fazer o que? Nós, os adeptos da boa ciência, não podemos impor aos crentes de certas religiões os nossos pontos de vista. Seria tirar-lhes o direito de livre arbítrio.
Já por outro lado não podemos aceitar que qualquer igreja venha a barrar o acesso aos meios de salvar vidas disponíveis em decorrência do desenvolvimento da ciência. Nem que uma religião limite o raciocínio, a própria liberdade de divagar mentalmente, àqueles que não a professem.
E certamente temos de rejeitar a tentativa de encilhar as nossas liberdades por uma religião que soube mandar à tortura e à execução pelo fogo aqueles que dela divergiam com o beneplácito de um “infalível”.
Fico imaginando um sujeito entrevado paralítico numa maca ante um escrivão de cartório. O assistente médico lhe lê um formulário: “A injeção/tratamento que estamos por lhe aplicar advém de tecnologias não aceitas pelas religiões ........ Caso o senhor, sabedor disto, mas sabedor de que sua recuperação poderá decorrer da mesma, queira ainda assim receber o tratamento pisque o olho duas vezes.” . E o escrivão lavrará e assinará uma ata.
E nós os esclarecidos teremos de adicionar àquela pulseira com tipo sanguíneo ou ao cartão na carteira enumerando fator rh e alergias a remédios a frase: “Aceita usar tecnologia de ponta sem restrições religiosas”.
Devemos lembrar que a obra do jesuíta Pierre Teilhard de Chardin, que busca conciliar a evolução com a fé, circula como os antigos “zamizdats” da União Soviética, em cópias mimeografadas, pelo mundo afora ha 83 anos. Conquanto suprimida pela “Congregação para a Fé” (antiga Inquisição, até bem pouco dirigida pelo papa atual), essa obra granjeou respeito universal fora da igreja católica. Contém explicações válidas para qualquer religião.
Toda a obra de Emile Zola estava proscrita. Apenas porque escreveu além do “J’acuse” um romance “Nana” que tinha um leve conteúdo erótico, mas que hoje seria insuficiente para excitar mesmo uma noviça de mosteiro.
É a polícia das idéias, bem parecida com o patrulhamento ideológico tão desejado pelas elites das esquerdas do Brasil.
7 comentários:
Alô, Ralph.
Comesteste outra beleza. Parabéns!
Olha que figura o tal de Torquemada.
Este padre católico da ordem dos pregadores criou vinte e oito artigos para orientar os inquisidores do tribunal a julgar os crimes de: Heresia, Apostasia, Feitiçaria, Bigamia, Usura e Blasfêmia.
Estima-se que dois mil condenados foram mortos na fogueira enquanto chefiou a inquisição. Só no quesito “judeu” foram expulsos da Espanha cento e setenta mil por praticarem a usura. Ele chamava os judeus convertidos ao catolicismo de “marranos”.
E por extensão os comunistas de merda do Brasil não poderiam usufruir dos vícios da burguesia.
O chefe para dar o exemplo não deveria beber vinho caro, e sim viajar no lombo de uma mula bebendo cachaça de rolha.
Miséria pouca é bobagem.
Kant, Locke, Newton, Descartes, Voltaire, Rousseau, Helvetius, David Hume, Adam Smith, Diderot. Alguns líderes da Revolução Francesa mandaram matar muita gente (Danton, Robespierre), mas tomaram sua dose do próprio remédio.E só mataram um rei e uma rainha (Luiz XVI e Maria Antonieta, a dos brioches).
Sem querer dar pedrada na religião de ninguém, observo que Josué, a mando de Deus, matou 31 reis, matou a fio de espada e queimou tudo. Foi uma reforma agrária braba na terra que tinha dono, e depois dividiu entre as tribos. (Josué 11,10)
Nada ficou do que tinha vida.
Não acredito na crença de eu ser flamenguista e sair pelo mundo matando quem não torce pelo meu time.
O lema dos Iluministas era: “Nossa divisa é sem quartel aos supersticiosos, aos fanáticos, aos ignorantes, aos loucos, aos perversos e aos tiranos”, isto foi o que escreveu Diderot a Voltaire em 29/09/1762.
Eu pessoalmente acredito em Deus e tenho minhas convicções, mas, questiono muitas coisas ditas pelos homens sobre Deus.
Exemplo: Lactâncio, padre da igreja, sobre a cólera de Deus põe estas palavras na boca de Epícuro: “Ou Deus quer abolir o mal do mundo e não pode, ou pode e não quer, ou nem pode nem quer, ou enfim quer e pode. Se quer e não pode é impotente o que contradiz sua natureza divina, se pode e não quer é mau, o que não é menos contrário a sua natureza, se não quer e não pode, é a um tempo mau e impotente; Se quer e pode,( a única conjuntura que convém a Deus). Qual a origem do mal sobre a terra?
Tenho ainda uma dúvida sobre o inferno, como é que vai caber tanto comunista chinês lá; sua população é de dois bi mais uns milhões. Antes de Mao Tse Tung também iam para o inferno já que não eram cristãos.O inferno é grande assim?
“Quem come da árvore do conhecimento sempre acaba expulso de um paraíso”.
É verdade, Marreta, conversando com o senhor Antonio abaixo, sobre a Maçonaria, citei os Templários, na Idade Média, cuja forma de agir se regia pela máxima de trazer todo o progresso ao mundo que o carma planetário permitia. Sendo uma Ordem Secreta, de Mestres, eles manejavam a força de Baphomet, que nós vulgarmente chamamos de Diabo e, por sua maestria, sabiam guardar o Segredo e ao mesmo tempo agir. Dominavam o caminho mágico da Cabala e, como alquimistas, sabiam dominar a matéria, também. Sou só uma leitora, não entendo o Segredo, mas seria necessário que muitos de nós saíssemos dos lugares-comuns dos preconceitos, dos condicionamentos e das superstições para termos e divulgarmos uma manneira esclarecida de pensar e de resolver problemas. Talvez se entrássemos para o Foro de São Paulo chegaríamos a essa sabedoria... talvez à imagem e semelhança do Sargento Garcia.
Alô, Ralph.
Pô. A Rô forçou muito a barra. Foro de São Paulo não, por favor. É demais para mim...
E o Sargento Garcia é um injustiçado na História. Era uma pessoa boa, mansa, pacífica, apesar de estar a serviço dos oficiais espanhóis.
Caro Magu, vou explicar porque forcei. Os governos, como os dos Templários que eram baseados na magia possuíam símbolos que se chamava pantáculos e sempre sgnificavam algo que parte da terra para a evolução, para o céu ou um movimento da esquerda para a direita. No livro "O Despertar dos Mágicos", o autor faz uma análise da iniciação à magia negra a que eram submetidos os auxiliares de Hitler. Chama-se iniciação no espelho côncavo, que é aquele que torna a matéria mais densa. Por isso, havia aquelas experiências médicas hororosas e a matança em massa. O pantáculo era a suástica, que é uma cruz com movimento invertido, da esquerda para a direita. Do mesmo modo, o pentagrama ou estrela de Salomão deve ter três pontas para cima e duas para baixo, formando a figura do homem de pé. Aquele estudo clássico de Leonardo da Vinci com o homem dentro do círculo mostra essa imagem. Aqui nos comentários não dá para colar desenho, então vou pedir a você que abra o blog 25democratas e veja o pantáculo do Foro de São Paulo: é um pentagrama invertido: três pernas para baixo formando a barbicha e duas para cima formando os chifres do bode. Ora, o bode é símbolo da magia negra, da iniciação no espelho côncavo. Ora, logo do surgimento do PCC como organização, foi publicado no jornal que não era só uma organização do crime, mas tinha também enraizamentos numa seita iniciática. É como uma "maçonaria", não como seu Antonio tão nobremente falou e a qual admiro muito, mas um tipo de "maçonaria negra", com missas negras, cultos, iniciações no sangue e tudo o mais que tem direito... Tendo em vista a ligação do PCC com as Farc e essas com o Foro de São Paulo, a forçada de barra nasceu daí. Por isso, essa bandidagem aposta no caos. É uma tristeza.
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