
Bate-boca de fuzuê de boteco
Por Villas-Bôas Corrêa no JB online
Na cadência em que encrespa a troca de desaforos entre o presidente Lula e seu antecessor e desafeto, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso os próximos capítulos do bate-boca deverão passar pelo juizado de menores e advertir os desatentos para retirar as senhoras da sala da TV e enxotar as crianças para o mais longe possível. Sem que se entenda o motivo, Lula mistura no mesmo tacho os auto-elogios com a recaída na exasperação da língua solta. Pisou na bola murcha do chulo, da qualificação severa do Aurélio, quando prometeu uma roda de porrada aos arrelientos desafetos.
E empurrou FH para o palco para recitar o troco com trechos de irada veemência, em que sobrou moeda. O ex-presidente dedica seu tempo às palestras muito bem remuneradas pelos quatro cantos do mundo e procura manter o laço frouxo com seu partido e aliados.
Ora, a CPI dos Cartões brotou no terreno adubado das denúncias de despesas indefensáveis de ministros e secretários para pagar contas de free shops e o aluguel de carro de luxo com motorista para passear em dias de folga. Se o governo não acode para apagar o foco de incêndio, a CPI dos Cartões seria instalada na quentura de fim de mundo. Mas, se está mesmo mordendo os dedos até arrancar sangue e pedaços de unha para o gol que empate o jogo com o seu antecessor, o próprio e principal alvo dá a fórmula simples e direta: "Todos os documentos pertinentes, deste e dos governos anteriores, estão nas mãos do próprio governo. Bastaria investigar, denunciar, punir e pronto".
Um comentário:
Eu me lembro de ter assistido na TV Senado o Toninho Malvadeza, com o dedo em riste chamar o Jader Barbalho de ladrão: "Vossa Excelência, é um ladrão", quase sairam no tapa.
E os dois santos, quando começarão a bota fora?
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