13 de mar. de 2008

Tem tudo a ver

Por Giulio Sanmartini

O presidente agora se dá o tratamento na terceira pessoa, como foi ao abrir o “besteirodromo”, em discurso-comício cometido na região sudoeste de Tocantins:
"Eles pensam: 'ah!, o Lula vai ficar chorando', mas vou dizer uma coisa para vocês: quem nasceu em Garanhuns e não morreu até os cinco anos, de fome, não vai morrer no caminho porque a oposição quer criar dificuldades",
O folclórico jogador do Atlético Mineiro nos anos 1970, Dada Maravilha, O Peito de Aço (foto), que acabou indo para a seleção campeã do Mundo em 1970, escalado pelo general presidente Médici, também tinha o hábito de dar-se esse tratamento e de usar frases, digamos, pitorescas: ‘Não venham com a problemática, que eu tenho a solucionática’, ‘só existem três coisas que param no ar: beija-flor, helicóptero e Dadá’, ‘depois do Garrincha, Dadá é a maior alegria do povo’, ‘eu me preocupo tanto em fazer gols, que não tive tempo de aprender a jogar futebol’, ‘Garrincha, Pelé e Dadá têm de ser currículo escolar’, ‘não existe gol feio; feio é não fazer o gol’.
O palhaço Carequinha também só se referia ao seu personagem na terceira pessoa. O sistema de Lula se encaixa muito bem, é o mesmo de um porra-louca folclórico e de um palhaço de circo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Algum dia, bem distante, o país vai ficar estupefato com o conto do vigário no qual caiu... Como a Alemanha nazista. O que será que pensam os alemães de hoje depois de tanto absurdo, de tantas trevas?