A revista semanal The Economist publicou três matérias sobre o Brasil. No editorial a revista afirma que "há motivos para se acreditar que a potência econômica da América do Sul de 190 milhões de habitantes está começando a fazer a diferença no mundo", mas constata que não é possível comparar a expansão chinesa com a brasileira: "É muito mais difícil para um país de média renda, como o Brasil, crescer neste ritmo [do crescimento chinês]", diz a revista.
Mais dois artigos falam do Brasil. O primeiro, "Os prazeres do tédio", diz que o Brasil cuidou dos três maiores problemas que causaram a crise dos anos 1980: inflação, dívida e democracia.
Mas foi o segundo artigo que levantou um tema que há tempos venho comentando, só que nos meus textos eu fazia referência à produção de soja. A chamada “doença holandesa”. O artigo "Mais recompensa", diz que as informações de que o Brasil teria descoberto mais petróleo devem gerar grande alegria no governo, porém alerta que a possível "receita extra (do petróleo) pode acentuar ainda mais as fraquezas da economia brasileira – que inclui um real forte e um setor público superestimado".
A “doença holandesa” faz uma relação entre a exploração de recursos naturais e o declínio do setor manufatureiro, isto é, um aumento de receita decorrente da exportação de recursos naturais desindustrializa o país devido à valorização cambial, que torna o setor manufatureiro menos competitivo aos produtos externos.
2 comentários:
Prezada Adriana,
Uma ótima observação quanto aos recursos naturais e manufaturamento.
Vejo que o país tem feito é exportar cada vez mais nossas matérias primas em estado bruto.
Pergunto: - Porque não se transforma o ferro e vende-se para o exterior o aço?
Poderá chegar um certo dia em que, ao precisarmos de aço, teremos que comprar o que era nosso.
Lembro o fato do manganês da Serra do Navio. Foram 30 anos sendo explorado e hoje não se fala onde tem mais manganês.
Será que se precisarmos de uma grande quantidade teremos que importar o que existia aqui?
A maior riqueza de um país, e que está presente em todos os países desenvolvidos, independente de terem ou não riquezas naturais, é aquela que não está no solo ou subsolo, mas dentro das cabeças de seus habitantes. Isso só se consegue com investimentos maciços em educação.
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