Em artigo no “Estadão”, Fernando Reinach fala do risco que o nosso planeta passou em 22 de março de 1989 com a passagem de um asteróide denominado Asclepius, com algumas centenas de metros de diâmetro, bem perto da Terra. Como disse, raspou porque a distância não foi maior que duas vezes a existente entre a Lua e a Terra. Este acontecimento motivou, segundo o autor, em programa do governo americano para saber quais os riscos e quantidade de corpos celestes existentes em situação de perigo de colisão com o nosso globo. Os americanos descobriram que existem aproximadamente 380 mil em órbita próxima do nosso planeta. Um deles, o Appóphis, um Morumbi no espaço, passará visto a “olho nu”, em 2029, podendo nos fazer, na sua volta, uma visita de corpo presente em 13 de abril de 2036, em plena Páscoa. Mas, o que é estarrecedor é que Asclepius só foi descoberto após sua passagem, o que fez gerar o programa acima citado. É neste fato que está a ponte entre o acontecimento de corpos celestiais e este artigo.
Ainda me é viva na memória a conversa que tive anos atrás com um casal na fila de um supermercado, vendo aquele monte de carnês na mão do seu João. Com uma renda de aposentadoria em torno de R$ 1.350,00, ele e dona Neuza, conseguiram aos setenta e poucos anos realizar o sonho de ter a tv, a geladeira, cama e guarda-roupas que sempre imaginaram. É o mérito de uma vida. Comprometiam com os pagamentos mais de R$ 800,00. Não importa, podemos pagar e temos o que queremos, disseram.
O que vem à tona nesta questão é que, pelo lado da conquista material, nada pode substituir a auto estima conseguida, seja lá em que etapa da vida. A satisfação pessoal é incomensurável. Pelo lado do que pode acontecer financeiramente em questão de futuro, é um asteróide. São milhares em nossa volta. Pode ser que o custo de vida não se altere e os salários e aposentadorias cresçam e permitam novas compras. Até seria possível, se a nossa economia tivesse por base forte estrutura industrial, crescimento empresarial de alta tecnologia, maciços investimentos governamentais na saúde, educação, infra-estrutura e por aí vai. O seu João mal sabe que isso não existe e que logo seu ganho poderá ser pulverizado com altas da alimentação, da energia, dos remédios, dos transportes etc.
O governo, oferece ao povo o cavalo de Tróia. Riscos imensos estão contidos dentro deste invólucro. O perigo da frustração e decepção é de grau elevado. O estímulo ao consumo via facilidades das consignações e créditos tem levado inúmeros casais como Neuza e João à realização. O maior problema, já que envolve grande massa da população, são os filhos e netos do seu João que , assim como ele, se embebem de alegrias dos créditos e bolsas-família e realizam o fausto do sistema econômico-financeiro, de empresários e investidores, tal como o americano George Soros que levou no ano de 2007 cerca de USS 2 bilhões de dólares só em aplicações.
Mas o voto está acima de tudo e por ele tudo é válido. Afinal, poucos são os brasileiros que conseguem teclar a urna com consciência de que avaliou o seu gesto, o seu voto. Para os demais, o que importa são as conquistas oferecidas pelo consumo, a sensação, mesmo que vaga, de que estão fazendo parte de uma nova classe social. Por outro lado, o Governo terá que manter tal satisfação popular em linha constante e ascendente, sob pena de gerar perda de expectativa nas aspirações da população.
O povo é induzido a acreditar que somos uma forte economia. Não propagam que representamos menos de 1% das exportações mundiais. De que somos apenas o 59ª entre as 175 economias do mundo desenvolvido a tirar proveito de novas tecnologias. Omitem que o Brasil ocupa a 117ª posição no índice indicador de qualidade de ensino e de 114ª colocação no ranking mundial de qualidade de ensino em matemática e ciências, uma educação de segunda classe de acordo com a opinião de um especialista. Isto tem um significado importante. O brasileiro está no limite de sua capacidade de pagamento. Sua formação educacional e técnica, não permite maior expansão de ganhos salariais. O governo, sabedor disso, tem que gastar, e muito, para que o dinheiro realizado em pagamentos circule e oxigene o mercado criando risco de inflação, um asteróide, em razão da demanda pelo consumo.
O governo, oferece ao povo o cavalo de Tróia. Riscos imensos estão contidos dentro deste invólucro. O perigo da frustração e decepção é de grau elevado. O estímulo ao consumo via facilidades das consignações e créditos tem levado inúmeros casais como Neuza e João à realização. O maior problema, já que envolve grande massa da população, são os filhos e netos do seu João que , assim como ele, se embebem de alegrias dos créditos e bolsas-família e realizam o fausto do sistema econômico-financeiro, de empresários e investidores, tal como o americano George Soros que levou no ano de 2007 cerca de USS 2 bilhões de dólares só em aplicações.
Mas o voto está acima de tudo e por ele tudo é válido. Afinal, poucos são os brasileiros que conseguem teclar a urna com consciência de que avaliou o seu gesto, o seu voto. Para os demais, o que importa são as conquistas oferecidas pelo consumo, a sensação, mesmo que vaga, de que estão fazendo parte de uma nova classe social. Por outro lado, o Governo terá que manter tal satisfação popular em linha constante e ascendente, sob pena de gerar perda de expectativa nas aspirações da população.
O povo é induzido a acreditar que somos uma forte economia. Não propagam que representamos menos de 1% das exportações mundiais. De que somos apenas o 59ª entre as 175 economias do mundo desenvolvido a tirar proveito de novas tecnologias. Omitem que o Brasil ocupa a 117ª posição no índice indicador de qualidade de ensino e de 114ª colocação no ranking mundial de qualidade de ensino em matemática e ciências, uma educação de segunda classe de acordo com a opinião de um especialista. Isto tem um significado importante. O brasileiro está no limite de sua capacidade de pagamento. Sua formação educacional e técnica, não permite maior expansão de ganhos salariais. O governo, sabedor disso, tem que gastar, e muito, para que o dinheiro realizado em pagamentos circule e oxigene o mercado criando risco de inflação, um asteróide, em razão da demanda pelo consumo.
Um comentário:
Alô, Adriana.
Quanto ao asteróide, preciso consertar a informação que o Raphael usou. Infelizmente o Reinach está enganado. O mais próximo asteróide passou em 25 de Janeiro deste ano, a apenas 1,4 vezes a distancia da Lua, com aproximadamente 250 metros de diametro e tem sua órbita sendo acompanhada pela Nasa. Para saber mais, visite
http://www.jpl.nasa.gov/news/news.cfm?release=2008-014
Já na seqüência do artigo, ele tem toda a razão. Esse estímulo que o (des)governo de D. Luis I está promovendo vai levar a população pouco informada para o mesmo brejo em que alguns norte-americanos estão, e vão perder suas casas.
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