Etimologicamente a palavra Democracia significa “o governo do povo”. A Revolução Francesa e outros movimentos sociais deram a esse povo novas atribuições: a de zelar pelo bem estar de todos e o poder de administrar o dinheiro público. No Brasil fala-se demais em Democracia e pratica-se de menos. Uma pesquisa de 2007 patrocinada pela ONU denuncia que na América Latina mais de 50% das pessoas preferem um governo autoritário ao democrático. Talvez seja a conseqüência do desvirtuamento, da decepção e da revolta com os calamitosos resultados dos governos que se dizem democráticos.
Democracia é a forma de governo legítima representante da maioria da população, com governantes escolhidos conforme as normas legais, que responda aos principais desafios da sociedade e resolva os maiores problemas da população. No Brasil a organização do Estado Democrático conseguiu um índice mínimo de bons resultados para a maioria, coexistindo com o esforço extremo em evitar a impopularidade, facultando concessões irresponsáveis para que eleições próximas não fossem comprometidas. O salutar jogo democrático sumiu por entre nuvens escuras de corrupção, tráfico de influências, demagogia e oportunismo. A população desencantou-se com a Democracia, perdeu o respeito e no inconsciente coletivo se acumularam mágoas profundas. Vivemos em perigo do jugo da dominação ideológica. Por que se o poder público é o poder do povo, este não é o poder exercido pelo Estado. O poder democrático de direito tem seus limites na Constituição vigente e não pode ser efetivado à sua revelia, usando subterfúgios enganosos, desrespeitando as leis, ignorando a principal finalidade de defender os interesses da coletividade e o bem comum. A democracia brasileira é o governo “do povo do PT. ” Uma só e única mistura homogênea entre Estado, Governo e Partido, sem espaço para o povo com acesso irrestrito à informação e educação sem viés ideológico que constrói com independência a própria capacidade de fazer a melhor escolha de seus representantes.
O Senador Jarbas Vasconcelos de Pernambuco declarou da tribuna do Senado que tinha atingido o limite do tolerável, que sua consciência não poderia se calar perante o esfacelamento das instituições imposto pelo governo: “o Presidente da República quer fazer o País de tolo, de bobo e a população de idiota. As instituições não são respeitadas e os Poderes são desmoralizados. (...) o Presidente tem formação autoritária, exorbita, quer por que quer fazer a opinião pública entender que o grande trabalhador é ele e que o Congresso é um bando de vagabundos ou como disse no passado um bando de picaretas e a sua equipe um conjunto de brilhantes aloprados”. A coragem desse homem teve repercussão? Não. Foi uma voz no deserto da solidão moral, no reino de Babel. Até quando vamos agüentar tanta desfaçatez? A oposição séria e cidadã precisa se organizar, aglutinar interesses comuns e enfrentar o desrespeito e a indignidade; o povo, as instituições civis e republicanas têm obrigação de protestar, gritar, espernear, e decidir pela luta sem trégua contra o autoritarismo. Com esse governo/partido/estado não somos uma Democracia, o governo não respeita o povo para o qual deve governar, não produz condições de solidariedade entre os cidadãos, nem tranqüilidade e convivência pacífica que nos conduziriam certamente ao progresso. O povo precisa de informação objetiva para que consiga exercer a vontade esclarecida da maioria. O Presidente Lula no alto das pesquisas de popularidade (manipuladas certamente) teve a ousadia de desmoralizar o Judiciário, ignorar o Tribunal de Contas da União, comprar a maioria do Congresso e agora quer calar e dispensar o Senado. Em plena campanha eleitoral desrespeitando os prazos legais a bordo do aerolula pago pelo povo, nos palanques de auditórios vendidos apela para improvisos desastrosos, distribui marmitas, dinheiro, promete favores para uma população com fome, sem acesso ao conhecimento, doente, que não tem instrumentos para distinguir um democrata de um demagogo. Neste estado de calamidade política tudo pode acontecer. Até acordamos um belo dia dominados por um ditador arrogante que se considera muito esclarecido. Não é o governo/partido/estado que produz o progresso e a riqueza. É o povo/cidadão pela sua iniciativa, com o seu trabalho, com a coragem e resistência em impedir que se construam obstáculos ao desenvolvimento do País, que é de todos nós. Se não partirmos unidos para uma imediata e contundente oposição o Brasil continuará um País pouco sério com a capital em Buenos Aires.
* filósofa, pós graduada, professora universitária, secretária executiva do Movimento pelos Deveres/direitos do Cidadão “MDC” .E-mail: mpbalmeida@uol.com.br
O Senador Jarbas Vasconcelos de Pernambuco declarou da tribuna do Senado que tinha atingido o limite do tolerável, que sua consciência não poderia se calar perante o esfacelamento das instituições imposto pelo governo: “o Presidente da República quer fazer o País de tolo, de bobo e a população de idiota. As instituições não são respeitadas e os Poderes são desmoralizados. (...) o Presidente tem formação autoritária, exorbita, quer por que quer fazer a opinião pública entender que o grande trabalhador é ele e que o Congresso é um bando de vagabundos ou como disse no passado um bando de picaretas e a sua equipe um conjunto de brilhantes aloprados”. A coragem desse homem teve repercussão? Não. Foi uma voz no deserto da solidão moral, no reino de Babel. Até quando vamos agüentar tanta desfaçatez? A oposição séria e cidadã precisa se organizar, aglutinar interesses comuns e enfrentar o desrespeito e a indignidade; o povo, as instituições civis e republicanas têm obrigação de protestar, gritar, espernear, e decidir pela luta sem trégua contra o autoritarismo. Com esse governo/partido/estado não somos uma Democracia, o governo não respeita o povo para o qual deve governar, não produz condições de solidariedade entre os cidadãos, nem tranqüilidade e convivência pacífica que nos conduziriam certamente ao progresso. O povo precisa de informação objetiva para que consiga exercer a vontade esclarecida da maioria. O Presidente Lula no alto das pesquisas de popularidade (manipuladas certamente) teve a ousadia de desmoralizar o Judiciário, ignorar o Tribunal de Contas da União, comprar a maioria do Congresso e agora quer calar e dispensar o Senado. Em plena campanha eleitoral desrespeitando os prazos legais a bordo do aerolula pago pelo povo, nos palanques de auditórios vendidos apela para improvisos desastrosos, distribui marmitas, dinheiro, promete favores para uma população com fome, sem acesso ao conhecimento, doente, que não tem instrumentos para distinguir um democrata de um demagogo. Neste estado de calamidade política tudo pode acontecer. Até acordamos um belo dia dominados por um ditador arrogante que se considera muito esclarecido. Não é o governo/partido/estado que produz o progresso e a riqueza. É o povo/cidadão pela sua iniciativa, com o seu trabalho, com a coragem e resistência em impedir que se construam obstáculos ao desenvolvimento do País, que é de todos nós. Se não partirmos unidos para uma imediata e contundente oposição o Brasil continuará um País pouco sério com a capital em Buenos Aires.
* filósofa, pós graduada, professora universitária, secretária executiva do Movimento pelos Deveres/direitos do Cidadão “MDC” .E-mail: mpbalmeida@uol.com.br
8 comentários:
Estava lendo agora no Blog do Claudio Humberto, e ele diz que o DEp. Renato Casagrande, entende que o Dossiê e o vazamento do Dossiê são crimes. Veja, se os governistas votaram contra a abertura do sigilo dos cartões do presidente Lula, e os governistas entendem que são assuntos estratégicos... então, a dona Dilma, deve ser indiciada, por ser a responsável pela casa de onde saiu o dossiê, não importando se foi ela ou não foi ela quem mandou, ela é a responsável. E entendo que o Presidente é responsável por vários atos ilegais e seu impeachment já deveria er sido pedido faz anos. Acho que já deu o que tinha que dar.
Estava lendo agora no Blog do Claudio Humberto, e ele diz que o DEp. Renato Casagrande, entende que o Dossiê e o vazamento do Dossiê são crimes. Veja, se os governistas votaram contra a abertura do sigilo dos cartões do presidente Lula, e os governistas entendem que são assuntos estratégicos... então, a dona Dilma, deve ser indiciada, por ser a responsável pela casa de onde saiu o dossiê, não importando se foi ela ou não foi ela quem mandou, ela é a responsável. E entendo que o Presidente é responsável por vários atos ilegais e seu impeachment já deveria er sido pedido faz anos. Acho que já deu o que tinha que dar.
Caro Chacon, o negócio do dossiê agora à noite descambou. O Senador Mão Santa, querendo comparar Goebbels à propagnda lulista, disse que no nazismo sempre tinha uma galinha cacarejante, que era o próprio. Referindo-se ao PAC, disse que a galinha cacarejante era a Dilma que, como Goebbels, ficava gritando: obras, obras, e não tem obra nenhuma, uma vez que eles dizem que 80% do PAC já foi realizado, mas só investiram 12% do orçado. Ideli Salvatti, com aquela voz maviosa, quase foi levda à loucura. A sessão teve de ser encerrada. Se você estivesse no Brasil, ia rir muito. Para não chorar, é claro. O negócio está ficando muito pesado.
Pelo amor de Deus dona Eça, os enforcados só queriam isso?
Dona Onu, pequisou e chegou a essa conclusão?
A América Latina é desvirtuada?
Queiroz, o antípoda, não foi mais longe, e como democrata votou em Voltaire,que enforcou João Batista Figueiredo.
PS. Essa mensagem foi psicografada por Jean Jacques Rousseau, através do cavalo marreta.
O presidente da nação mais avançada do mundo, é tão burro quanto o mais burro dos taxistas de aeroporto, a gafe de Nixon ou de Clinton, não faz deles nenhum cientista político, ou a analabetice de Lula por osmose não faz dele também um prêmio Nobel de Literatura.
Quem acha que Maria Antonieta perdeu a cabeça pelos brioches ou que Maquiavel ensinou o príncipe a roubar e a Revolução Francesa a enforcar todo mundo capitalista; Acha que Jesus queria todo mundo bispo de sua religião.
Os dogmas, assim como toda idéia preconcebida simplifica os homens ao mínimo denominador casual.
Dona Eça com todo o respeito eu discordo.
Se o Brasil tem 140 milhões de pessoas, e a metade menos um, ou seja 69.999 milhões por serem minorias vão aceitar o poder legitimo do leão?
Rô, se vc visse como o pessoal por aqui gosta do Brasil e dos brasileiros vc não acreditaria, o Brasi é um país lindo e todos se encantam qdo dizemos que somos do Brasil, mas de maneira muito triste descambou para um lado que temo não ter retorno ou demorar demais para mudar. E não falo só de politica, mas de tráfico de drogas, sequestros, latrocínios, falta de educação, falta de segurança, falta de saúde, infraestrutura, cidade muito, mas muito menores que São Paulo, aqui no vizinho USa, tem uma infraestrutura invejável, O Brasil, tem tudo pra ser melhor, mas está tendo tudo para ser pior.
Chacon meu amigo, não se aflija, seu sentimento de brasilidade é o mesmo de milhões.
O que você observa de perto para esses nossos irmãos é uma quimera.Nossos governantes perderam a capacidade de pensar no amor à pátria,vivem que nem os vermes no imediatismo da chance de ganhar e enriquecer.
É uma pena, meus caros. Espero que o cavalo RÔ também receba uma mensgem psicografada de que o tempo de trevas seja muito breve. Por exemplo, quem vê a Ideli ou aquele Luís Sérgio na CPI pensa que as portas da maloca se abriram, mesmo, para eles tirarem a barriga da miséria. E é só isso que eles são, mesmo. Pessoas ávidas.
Alô, Adriana.
Belo artigo da filósofa. E aproveitando a linha esotérica que os 'cumpanheros'(argh) aqui escreveram, recebi um recado do lado de lá, do Mao, que eu deveria lembrá-los que ele e o 'cumpanhero' Lenin apelidaram os respectivos governos que dirigiram de "governo do povo". Aliás, ainda hoje chamam-na de República Popular da China. É uma divisão simplória: A nomenklatura e os miseráveis...
Que fazemos? Rimos , ou choramos pelo nosso país?
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