Por Dora Kramer
"Acostumado que está, o cidadão brasileiro, com as mentiras descaradas de Lula, não está acreditando nem um pouquinho sua repulsa ao terceiro mandato ou ao prolongamento no poder. Todos os dias há um novo adepto à causa." (G.S.)
O presidente Lula pode até romper, se o PT insistir na tese do terceiro mandato sob um dos dois figurinos: na veia, por convocação de plebiscito, ou na carona da emenda do fim da reeleição com mandato de cinco anos.
Mas não romperá com a voz do povo se mais adiante houver pesquisas que dêem sustentação à idéia nem queimará as caravelas de outros partidos de sua base que venham a defender o mesmo projeto. No momento, Lula apenas dá curso ao roteiro da dualidade que vem cumprindo desde o ano passado: nega no oficial e no paralelo faz olhar de paisagem.
Desde a sua primeira manifestação isolada no ano passado, o deputado Devanir Ribeiro já ganhou adeptos como o vice-presidente José Alencar, o deputado Miro Teixeira (foto), a governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, e o prefeito de Recife, João Paulo. e a ojeriza à continuidade fosse genuína, nenhum deles ousaria contrariar assim tão frontalmente um presidente a quem, por muito menos, ninguém se atreve a contestar.
Há um outro dado: em três das quatro eleições presidenciais que disputou, Lula fez suspense até o ano da eleição propriamente dita. Antes disso, simulava estímulo a outras candidaturas enquanto ia, nos bastidores, alinhavando a unanimidade em torno de si.
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