Não foi somente uma vez, mas por diversas vezes que alguns amigos e outras pessoas conhecidas, em conversa informal, me perguntaram se eu tenho orgulho ou vergonha de ser brasileiro. Sei que perguntam mais por curiosidade, já que escrevo artigos e normalmente são publicados, sendo que os assuntos são os mais diversos. Tomo sempre o cuidado de além de tornar público o problema, muitas vezes com boa dose de crítica, mas também sugerindo solução, pois criticar é fácil, até demais.
Mas, voltando ao assunto orgulho e vergonha de ser brasileiro, cheguei a perguntar o por que dessa pergunta específica. Fiquei surpreso com algumas respostas.
“Já não agüento mais de ver o Brasil se afundando no mar da impunidade”;
“Juro que já não entendo mais nada”;
“Com tudo que está acontecendo, sobra o que de bom para nossos filhos?”;
“Gosto do Brasil, é um bom país para se viver, mas a inversão de valores é tão gritante que chego a ter vergonha de ser honesto. Estou sendo um mero pagador de impostos, na verdade, um burro de carga e mal compreendido ainda”;
“Afinal, que país é esse que ladrão é blindado pelo governo? Isso me irrita muito”;
“Aprendi com meus pais que decência e honra estava acima de tudo, no entanto hoje em dia não vale mais nada, está jogado no lixo”;
“Em qualquer circunstância é o dinheiro que fala mais alto, mesmo que se tenha razão”;
“Escândalos e mais escândalos e nada é apurado. É dinheiro na cueca, na mala, no envelope, na sacola, no bolso e por aí vai, e nada acontece. Meu Deus, que país é esse?”;
“Cadê a montanha de impostos arrecadados se não temos saúde, segurança, educação, rodovias, postos de trabalho, saneamento básico, etc., etc.?”
“Cadê leis, patriotismo e vergonha na cara?”.
Essas são apenas algumas das respostas que obtive, mas eu tinha que dar também a minha, pois haviam solicitado. Bem, meio sem “querer querendo” lasquei fogo:
Nós passamos por diversas fazes nas últimas seis décadas, desde o país do futuro, cheio de orgulho e de esperança, da construção da nova capital federal, do desbravamento do interior, da revolução de 31 de março de 1964, com a implantação da ditadura militar, do milagre econômico, da abertura de nossa economia, da democracia e da globalização durante os anos 90. Mas percebemos, a partir do novo século, que não havia um plano a ser seguido para a construção de nosso Brasil, muito menos gente comprometida para realizar esse plano. Deu no que deu. Virou bagunça e continua até hoje. Somente gente tirando proveito próprio.
Teve gente que coçou o pouco dos cabelos da cabeça, outros trocaram olhares e um deles argumentou: “É, você tem razão, sem plano e sem gente compromissada a coisa não funciona, nem apelando para todos os santos”.
E tem mais, complementei, em pleno século XXI nos falta cultura, estrutura, conhecimento e porque não dizer coragem para enfrentar às realidades do dia-a-dia. Será que viveremos eternamente em berço esplêndido, arrematei.
Aí todos ficaram mudos por alguns instantes. Juquinha, amigo de longa data disse: “Pô, agora você está dando uma de filósofo?”. Tinha a resposta na ponta da língua: “sou realista e ando com um pé atrás, mas sempre olhando lá pra frente”.
Sim, amo meu país e tenho orgulho de ser brasileiro, mas não basta apenas amá-lo, é preciso que tenhamos atitude firme. Quanto a ter vergonha, eu tenho, mas dos maus brasileiros, àqueles nos quais votamos e não nos representam, mas sim a seus próprios interesses. Deles eu tenho vergonha, muita vergonha, mas de ser brasileiro jamais!
“Afinal, que país é esse que ladrão é blindado pelo governo? Isso me irrita muito”;
“Aprendi com meus pais que decência e honra estava acima de tudo, no entanto hoje em dia não vale mais nada, está jogado no lixo”;
“Em qualquer circunstância é o dinheiro que fala mais alto, mesmo que se tenha razão”;
“Escândalos e mais escândalos e nada é apurado. É dinheiro na cueca, na mala, no envelope, na sacola, no bolso e por aí vai, e nada acontece. Meu Deus, que país é esse?”;
“Cadê a montanha de impostos arrecadados se não temos saúde, segurança, educação, rodovias, postos de trabalho, saneamento básico, etc., etc.?”
“Cadê leis, patriotismo e vergonha na cara?”.
Essas são apenas algumas das respostas que obtive, mas eu tinha que dar também a minha, pois haviam solicitado. Bem, meio sem “querer querendo” lasquei fogo:
Nós passamos por diversas fazes nas últimas seis décadas, desde o país do futuro, cheio de orgulho e de esperança, da construção da nova capital federal, do desbravamento do interior, da revolução de 31 de março de 1964, com a implantação da ditadura militar, do milagre econômico, da abertura de nossa economia, da democracia e da globalização durante os anos 90. Mas percebemos, a partir do novo século, que não havia um plano a ser seguido para a construção de nosso Brasil, muito menos gente comprometida para realizar esse plano. Deu no que deu. Virou bagunça e continua até hoje. Somente gente tirando proveito próprio.
Teve gente que coçou o pouco dos cabelos da cabeça, outros trocaram olhares e um deles argumentou: “É, você tem razão, sem plano e sem gente compromissada a coisa não funciona, nem apelando para todos os santos”.
E tem mais, complementei, em pleno século XXI nos falta cultura, estrutura, conhecimento e porque não dizer coragem para enfrentar às realidades do dia-a-dia. Será que viveremos eternamente em berço esplêndido, arrematei.
Aí todos ficaram mudos por alguns instantes. Juquinha, amigo de longa data disse: “Pô, agora você está dando uma de filósofo?”. Tinha a resposta na ponta da língua: “sou realista e ando com um pé atrás, mas sempre olhando lá pra frente”.
Sim, amo meu país e tenho orgulho de ser brasileiro, mas não basta apenas amá-lo, é preciso que tenhamos atitude firme. Quanto a ter vergonha, eu tenho, mas dos maus brasileiros, àqueles nos quais votamos e não nos representam, mas sim a seus próprios interesses. Deles eu tenho vergonha, muita vergonha, mas de ser brasileiro jamais!
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