17 de abr. de 2008

Tudo sempre confuso. Ninguém se entende

A euforia em relação ao crescimento brasileiro de 5,4% no ano passado deu lugar ao debate entre juros e inflação. De um lado, empresários e o ministro da Fazenda, Guido Mantega. De outro, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e toda a teoria econômica ortodoxa que domina o Brasil há anos.
A história inflacionária levou a melhor na queda- de-braço. O BC vislumbrou o futuro com um olhar pregado no passado. Um político de oposição diria que o medo venceu a esperança. Mas qualquer empresário repetiria a frase. Cabe perguntar: se o governo alardeou tanto que o crescimento do país era sustentável com taxas de juros de 11,25% ao ano, por que elevar em 0,5% o índice?
Talvez, a resposta estivesse na ata anterior do Copom, em que o BC tentava propalar um suposto risco inflacionário. E se mostrava pronto para agir. A análise do Boletim Focus – pesquisa feita pelo BC com 100 analistas de mercado – dá uma boa dimensão do temor. Trata-se de 0,16 ponto percentual ao ano.
A meta de inflação estabelecida pela política monetária do país é de 4,5%, com margem de erro – ou tolerância – de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Isso significa que a inflação brasileira poderia oscilar de 2,5% a 6,5%. O Banco Central está preocupado com uma projeção de 4,66%. Cabe, então, questionar: qual a finalidade de tal margem de erro?(leia mais no Jornal do Brasil)

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