Antes Mesmo de Começar, Carlos Ming Está Confuso

A criação de uma Guarda Nacional para ajudar a proteger a Amazônia, conforme sugeriu o presidente Lula, enfrentará alguns obstáculos pelo caminho.
Guarda seja montada nos mesmos moldes da Força Nacional, que atualmente conta com 6.000 policiais militares treinados e cedidos pelos 27 Estados e pelo Distrito Federal para atuarem especificamente em missões de segurança pública, como por exemplo a ocupação de morros dominados pelo tráfico de drogas no Rio. A Força depende da concessão dos policiais, o que provoca um desfalque no efetivo militar dos estados.
Antes mesmo de a idéia ganhar corpo, o governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, já avisou para não contarem com os policiais de seu estado.
O ex-secretário nacional de segurança pública deputado Antonio Carlos Biscaia é favorável à criação da Guarda Ambiental, mas lembrou que se a intenção for retirar policiais da Força Nacional, haverá dificuldades de pessoal.

(*)Texto: Catarina Alencastro e foto do ministro Carlos Minc

Ele diz que, quando estava à frente da secretaria, não conseguia atender a todas as demandas pelos PMs da força, capacitados para missões de "enfrentamento e repressão qualificada".
- Sou favorável a que uma parcela da Força Nacional seja para a Guarda. Na hora de os estados cederem os policiais é que é o problema - afirmou Biscaia, que se opõe ao uso das Forças Armadas, tanto para as operações em que atuam os agentes da Força Nacional, quanto para a proteção das reservas ambientais.
A sugestão de a Amazônia contar com uma tropa específica para o combate ao desmatamento surgiu depois que o futuro ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que toma posse na próxima terça-feira, propôs que o Exército atuasse na região. Essa idéia foi rejeitada por Lula e pelo ministro Mangabeira Unger, para quem a militarização da Amazônia não é a solução de todos os problemas.