Foi de espantar o festival de grosserias cometidas na CPI dos Cartões Corporativos durante os depoimentos do consultor legislativo André Eduardo Fernandes (foto), assessor do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), e do ex-secretário de Controle Externo da Casa Civil José Aparecido Nunes Pires.
André Fernandes foi simplesmente massacrado pelos representantes da base governista, que tentaram transformá-lo em vilão por ter recebido de Aparecido, por email, o suposto dossiê com gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Algumas intervenções podem ser classificadas única e exclusivamente como agressões verbais ao depoente, que ouviu todo tipo de insinuação sobre a relação que mantinha com o ex-secretário da Casa Civil.
Traidor, perigoso e vazador de dados sigilosos de CPIs foram apenas alguns dos adjetivos atribuídos pelos governistas a André Fernandes pelo fato dele ter divulgado para seu superior hierárquico, no caso o senador Álvaro Dias, o material recebido de Aparecido.
O tom das críticas a André subiram ainda mais quando ele solicitou o fechamento da sessão pública para revelar dados que considerava importantes e gravíssimos, mas que não gostaria de divulgá-los publicamente.
Esse comportamento, porém, não se repetiu quando o senhor José Aparecido simplesmente negou que tivesse mandado de forma consciente o suposto dossiê para André, mesmo reconhecendo que o email teria saído do computador usado por ele.
Apesar de estar protegido por habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF) — que lhe garantiu o direito de permanecer calado ou mentir para não se incriminar — nenhum governista pensou em questionar a veracidade das declarações de Aparecido. Pelo contrário, usaram uma informação sua, de que André teria cogitado se candidatar ao cargo de secretário-executivo do Ministério do Planejamento no início do governo Lula, para acusar o consultor legislativo de ter mentido e ainda o ameaçaram de prisão.
A um representante da base aliada compete, claro, defender o governo, assim como a um parlamentar oposição fiscalizar e eventualmente denunciar eventuais ilícitos que possam ser cometidos por seus adversarios políticos. Mas de ambos os lados se espera, no mínimo, educação. Investigar não dá o direito a ninguém de destratar ou ofender quem quer que seja.
Esse comportamento, porém, não se repetiu quando o senhor José Aparecido simplesmente negou que tivesse mandado de forma consciente o suposto dossiê para André, mesmo reconhecendo que o email teria saído do computador usado por ele.
Apesar de estar protegido por habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF) — que lhe garantiu o direito de permanecer calado ou mentir para não se incriminar — nenhum governista pensou em questionar a veracidade das declarações de Aparecido. Pelo contrário, usaram uma informação sua, de que André teria cogitado se candidatar ao cargo de secretário-executivo do Ministério do Planejamento no início do governo Lula, para acusar o consultor legislativo de ter mentido e ainda o ameaçaram de prisão.
A um representante da base aliada compete, claro, defender o governo, assim como a um parlamentar oposição fiscalizar e eventualmente denunciar eventuais ilícitos que possam ser cometidos por seus adversarios políticos. Mas de ambos os lados se espera, no mínimo, educação. Investigar não dá o direito a ninguém de destratar ou ofender quem quer que seja.
2 comentários:
E bote PILANTRAS e PILANTRAGEM lá naqueles prédios.
Fazem acordos até com o demônio.
Os Petralhas estão bem acessorados. Pela OPOSIÇÃO.
Alô, Giulio.
Prefiro atribuir o nome de pocilga... Lá se misturam porcos vermelhos e os outros. Mas para nós, não faz diferença alguma!
Com o risco de me atribuirem vários epítetos, e não me importo, digo que a imagem mais cara que tenho na memória, vi na televisão, os tanques de guerra bombardeando o prédio da Câmara em Moscou. Pensei comigo: Ah, se eu fosse o operador da torreta e estivessemos no planalto!
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