Há uma intensa movimentação de brasileiros no exterior, missões mistas de empresários, missões de figuras políticas para verificar fatos sobre assuntos os mais diversos.
Soube que até se cogita a “Missão de Pesquisa para a Implantação de Pesca Industrial de Esturgeão no Lago Paranoá”, uma iniciativa do Ministro da Pesca visando a médio prazo adaptar este peixe às condições do Planalto assim reduzindo a dependência brasileira do caviar russo, e possível substituição do caviar russo e iraniano nos mercados mundiais.
Outros ministérios estão estudando a fórmula do Rum da Jamaica, verificando os cálculos que foram necessários para a construção da Torre Eiffel, e, considerando que o cefalópode não estará sempre conosco (Benza Deus), técnicas egípcias de construção de tumbas e embalsamamento.
Mas veja o dilema dos anfitriões dessas missões. O que servir a estes brasileiros errantes. Nem todos os países tem estoques de carne uruguaia. Poucos terão assadores de churrasco nascidos em Santa Catarina. Trata-se de um verdadeiro problema.
Mas nem tudo está perdido. Uma associação de contribuintes e eleitores brasileira está distribuindo um sucinto documento entre os chefes de cerimonial do mundo inteiro que deverá facilitar suas vidas.
Em primeiro lugar, nos hotéis, nos apartamentos destinados a dignitários brasileiros, será de bom tom colocar um fardo de alfafa. Será muito apreciado, principalmente por elementos da área econômica do governo.
Sendo missão de áreas ligadas a grandes obras sugere-se manter sempre disponível um cocho de alumínio (desses que se usa em suinocultura). O conteúdo deve ser qualquer coisa que esteja sobrando na cozinha. Este pessoal não liga muito para o que come e como come, desde que esteja acompanhado de Romanée Conti e “puros” cubanos.
E os banquetes? Ah os banquetes! Mais simples ainda. A delegação brasileira, seja qual for, come qualquer coisa. Não é dada a frescuras. Apenas tem dois detalhes: A entrada, seja o que for, deve ser servida em cima de formas de pizza, senão o pessoal não saberá que aquilo é comida. E a sobremesa deve ser coberta com melado. Dispensa-se colherzinha, garfinho ou faquinha de sobremesa. A turma quer se lambuzar mesmo.
Em primeiro lugar, nos hotéis, nos apartamentos destinados a dignitários brasileiros, será de bom tom colocar um fardo de alfafa. Será muito apreciado, principalmente por elementos da área econômica do governo.
Sendo missão de áreas ligadas a grandes obras sugere-se manter sempre disponível um cocho de alumínio (desses que se usa em suinocultura). O conteúdo deve ser qualquer coisa que esteja sobrando na cozinha. Este pessoal não liga muito para o que come e como come, desde que esteja acompanhado de Romanée Conti e “puros” cubanos.
E os banquetes? Ah os banquetes! Mais simples ainda. A delegação brasileira, seja qual for, come qualquer coisa. Não é dada a frescuras. Apenas tem dois detalhes: A entrada, seja o que for, deve ser servida em cima de formas de pizza, senão o pessoal não saberá que aquilo é comida. E a sobremesa deve ser coberta com melado. Dispensa-se colherzinha, garfinho ou faquinha de sobremesa. A turma quer se lambuzar mesmo.
3 comentários:
Alô, meu caro Ralph.
Vou repetir o que disse no comentário ao post É muito fácil de entender. Você estava fazendo muita falta. Eu tive de parar de ler o post várias vezes, por causa do ataque de riso, o melhor remédio. O fardo de alfafa foi o melhor. Ah, e também o considerando...
O engraçado é que, mesmo não sendo 'otoridade', sou um consumidor de broto de alfafa, além do de feijão. Aliás, para sua informação, veja http://saude.abril.com.br/edicoes/0262/nutricao/
conteudo_87850.shtml
Magu
Broto de alfafa é muito frágil para fazer fardos.
Além do que, esta turma precisa de bolo fecal, o que faz com que a alfafa já tenha de ter certa densidade/nmaturidade. Senão pode causar algum distúrbio no rumen.
Ralph, como o Magu, ri à beça, principalmente do melado. Estou até hoje rindo do texto do Jabour, no Estadão de alguns dias atrás, sobre a falta de finesse e de boas maneiras da roubalheira da nova casta de operários no poder. Os pançudos se lambuzando de melado, as botocudas babando e as guerrilheiras assaltantes, como a mãe das tetas lambendo os dedos e os beiços é demais para mim, hehe.
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