8 de mai. de 2008

Nem todos são obtusos

"O ministro do Supremo Tribunal Federal Carlos Ayres de Brito (foto), além de estudioso jurista, é um refinado e inteligente poeta. Mesmo sendo egresso do Partido dos Trabalhadores, mostra-se imparcial na espinhosa questão dos conflitos entre arrozeiros e índios em Raposa/Serra do Sol, no estado de Roraima.
Sobre sua passagem pelo PT disse nesta quarta-feira (7) que virou a página." (G.S.)

Ayres Britto contou que entrou no partido por causa de duas “bandeiras” que foram hasteadas e, para ele, permanecem norteando a legenda: a democracia e a ética política. Ele disse, no entanto, que resolveu “virar a página” ao ser indicado para uma vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), em 2003. Ele foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro ressaltou que nenhum juiz pode ter preferência partidária.
“Quando fui indicado para ministro do Supremo, fiz o que, modéstia à parte, sei fazer na minha vida: eu viro a página, sem refugar nada, sem me arrepender de nada. Virei a página, minha página partidária está definitivamente virada. O magistrado não pode ter preferência partidária, tem que ser imparcial”, declarou.
“Sobre o PT, a minha relação é essa: antes e depois. Antes fui um fervoroso admirador do partido, da sua militância democrática. Hoje sou um fervoroso militante da judicatura, um entusiasmado magistrado”, complementou o ministro.

3 comentários:

ma gu disse...

Alô, Giulio.

Nosso eminente ministro é a prova viva e acabada de que toda regra tem sua exceção...

Anônimo disse...

Gente coisa é outra fina! Reparem no linguajar, na cultura, na postura e na auto-análise. Parece bem a nossa elite política, hehe.

Anônimo disse...

O ministro deve ser realmente muito culto, mas dentro de seu pensamento pode ainda existir uma paixão pelo dito partido.
Pergunto: - Será que ele vai ser contra alguma coisa em relação ao ex-partido ou mesmo contra o "famoso enganador chamado lula" que o nomeou? Não acredito. Tenho muitas dúvidas.
Aguardemos o passar do tempo.