Líder do governista PSB, Renato Casagrande (ES) devota rara lealdade ao Planalto. Sua fidelidade não é cega.
Esquivou-se de embarcar na canoa que resgatou o mandato de Renan Calheiros. Mas, no essencial, não costuma negar o voto a Lula. Disse “sim”, por exemplo, à CPMF.
Pois bem. Casagrande é autor de um projeto que cria o FSB (Fundo Soberano do Brasil). Apresentou-o no início do ano.
Súbito, o ministério da Fazenda saiu-se com a mesma idéia. Poderia prestigiar o senador, abraçando o projeto de sua autoria. Mas...
Mas o ministro Guido Mantega achou melhor dar de ombros para Casagrande. Vai mandar ao Legislativo o seu próprio projeto.
“Eu tenho uma proposta. Mas o governo está querendo mandar outra”, lamenta Casagrande. “Falei com o ministro Mantega na última terça-feira (13). Disse que ele devia conhecer a minha proposta. Ficou de marcar uma audiência. Estou esperando.”
A julgar pelo que Mantega disse aos repórteres Vinicius Torres Freire e Guilherme Barros, Casagrande deveria puxar uma cadeira. A espera pode ser cansativa.
O ministro informa que o projeto está pronto. Lula deve enviá-lo ao Congresso nesta segunfa-feira (18). Ou seja: o ministro deu de ombros para o aliado.
O líder do PSB não se importava de alterar a sua proposta, moldando-a aos desejos da Fazenda. “Não tem ninguém que entre com um projeto que não seja modificado, aperfeiçoado”. Queria mesmo é sentir-se prestigiado pelo governo que tanto apóia.
Casagrande não é o primeiro a descobrir que a relação do Planalto com seus apoiadores é via de mão única. É feito à base de "venha a nós."
O senador Osmar Dias (PDT-PR) teve dois projetos canibalizados pelo Executivo. O deputado Asdrúbal Bentes (PMDB-PA) viu uma proposta sua transformar-se, ipsis litteris, numa medida provisória de Lula.
Diz-se que é errando que se aprende. Sob Lula, porém, o governo subverte o brocardo. Para o presidente e sua equipe, é errando que se aprende... a errar.
A proposta do Fundo Soberano ainda nem aportou no Congresso e já está embebida no veneno.
A julgar pelo que Mantega disse aos repórteres Vinicius Torres Freire e Guilherme Barros, Casagrande deveria puxar uma cadeira. A espera pode ser cansativa.
O ministro informa que o projeto está pronto. Lula deve enviá-lo ao Congresso nesta segunfa-feira (18). Ou seja: o ministro deu de ombros para o aliado.
O líder do PSB não se importava de alterar a sua proposta, moldando-a aos desejos da Fazenda. “Não tem ninguém que entre com um projeto que não seja modificado, aperfeiçoado”. Queria mesmo é sentir-se prestigiado pelo governo que tanto apóia.
Casagrande não é o primeiro a descobrir que a relação do Planalto com seus apoiadores é via de mão única. É feito à base de "venha a nós."
O senador Osmar Dias (PDT-PR) teve dois projetos canibalizados pelo Executivo. O deputado Asdrúbal Bentes (PMDB-PA) viu uma proposta sua transformar-se, ipsis litteris, numa medida provisória de Lula.
Diz-se que é errando que se aprende. Sob Lula, porém, o governo subverte o brocardo. Para o presidente e sua equipe, é errando que se aprende... a errar.
A proposta do Fundo Soberano ainda nem aportou no Congresso e já está embebida no veneno.
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