30 de mai. de 2007

Deus, Pátria e Família!

Por Plínio Zabeu

Esta era a tríade básica da formação do cidadão. Nas escolas de então – lá se vai mais de meio século – havia uma união professor-aluno-pais perfeita e hoje quase desaparecida.
Desde a infância nos eram incutidos o respeito, a honestidade, a seriedade e sobretudo a responsabilidade. Isso tudo partia de dentro de casa, fosse ela pobre ou rica.
A criança aprendia as primeiras letras juntamente com o respeito ao Criador, à Pátria e sobretudo ao valor de uma família.
O tempo passou e modificações foram sendo introduzidas. Lembro-me bastante do que era ensinado a nós alunos de primário, como o que fazer para respeitar o meio ambiente, as leis, a ordem pública e o que significava a autoridade constituída. A figura do professor era algo sagrado. Nossos pais nos incutiam um sentimento de profundo respeito a eles.
O resultado disso tudo foram os alunos bem preparados no campo científico, familiar e sobretudo quanto ao civismo e patriotismo. Todos os que conseguiam ser aprovados nos exames e avaliações, prosseguiam com seus propósitos sempre calcados em princípios de honestidade e hombridade.
Chegamos finalmente aos tempos atuais. A crença e o respeito a Deus foram deixados em segundo plano. O valor da família foi sendo menosprezado a ponto de ela existir hoje apenas como um apêndice na formação do ser humano. O civismo esquecido. Surgiram outros interesses, outras finalidades de vida. Leis foram sendo criadas e esquecidas. Pontos importantes foram deixados de lado.
Novos conceitos de seriedade, responsabilidade e principalmente da ética, substituíram os antigos.
Chegamos à situação atual. Hoje o presidente do Senado Federal – quarto na sucessão presidencial – usa sua posição de chefe para se dirigir aos colegas e ao povo de todo o país tentando justificar uma falha simplesmente imperdoável em se tratando de figura pública.
Ele usou a cadeira presidencial do Senado ( deveria se retirar do posto já que se tratava de defesa de cunho pessoal) vociferando contra uma certa “invasão de privacidade” enquanto sua esposa, tal como uma estátua mostrando todo o sentimento da traição, da decepção, assistia a tudo com um terrível sofrimento estampado na face.
A triste imagem dela foi o que ficou na lembrança de todos os brasileiros traídos por aqueles que lá foram colocados para a defesa de nossos princípios de honestidade e de ética.
Infelizmente são estes os novos tempos
pzabeu@uol.com.br

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