De todos os argumentos usados por Luiz Antonio Pagot para se defender, o mais grave é, sem dúvida, o de que o jornalista Ricardo Noblat foi comprado por um grupo de grandes empreiteiros de Minas Gerais. E que o jornalista está usando argumentos “simplistas contra a sociedade brasileira, excluindo a mineira”. Porque “excluindo a sociedade mineira”? Pobres mineiros, considerados por Pagot mafiosos.
Quando fala, repete e trepete que existe um “complô patrocinado por grandes empreiteiras de Minas Gerais”, hummmm, isso está me cheirando premeditada licença para infringir. É um alerta de como será sua gestão. A justificativa para uma futura exclusão das empreiteiras mineiras ou uma redução em investimentos no estado.
Fica claro que a intenção de Pagot é jogar no colo das empreiteiras mineiras o peso dos seus erros.
É o jogo do inimigo comum. A arte de inventar complôs. A ardileza de colecionar dossiês. A amargura de provar do próprio veneno.
Vou contar uma historinha:
Anos atrás houve um secretário de segurança em MT que tinha (e gostava de alimentar isso) a fama de eliminar bandidos. O tempo passou e a fama ficou. Num carnaval ele, como bom avô ficou cuidando dos netos para que a filha pudesse sair, mas não parava de ligar, a cada 5 minutos um telefonema.
Já de saco cheio a filha virou para o grupo de amigas e desabafou:
- ai, meu pai fica me torturando!
Uma das amigas, a rainha dos foras, comentou sem nem pensar:
- e olha que ele é especialista.
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