27 de jul. de 2007

Assessores para Tudo Menos Para o Essencial

Uma das primeiras coisas que se aprende em relações pública é que ao ter que se dar uma notícia ruim está deve ser de uma só vez, pois passado o impacto inicial, o mal estar tende a arrefecer.
O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, é cercado por um monte de acessores nababescamente pagos pelo contribuinte, nessas “boquinhas” tem até os para gestos obscenos, mas não se encontra um para orientá-lo sobre a melhor forma que deva ser dada u’a má notícias. (G.S.)

Sobre a divulgação dessas a conta gotas, escreve Carlos Chagas.
“Aos poucos, com todo o desgaste inerente à moleza, vem o governo fazendo o que deveria ter feito de uma só vez, cirurgicamente. No caso, interditar o Aeroporto de Congonhas. Era a solução, para demonstrar empenho na solução das crises do apagão aéreo. O presidente Lula hesitou, não aceitando a proposta que lhe fizeram alguns auxiliares.
Preferiu reduzir o número de vôos, estabelecer limites de peso para as aeronaves, determinar apenas vôos diretos e proibir vôos fretados. O resultado aí está. A Agência Nacional de Aviação Civil e a Infraero, a conta-gotas, vêm anunciando vasto número de novas iniciativas, inclusive a proibição da venda de passagens. E mais o limite de duas horas para os futuros vôos que saírem de Congonhas.
Completam em pílulas o pacote de segurança anunciado pelo Palácio do Planalto. Conclui-se que o
aeroporto está, na prática, interditado. Haverá um prazo razoável para decisões definitivas, mas a pergunta surge inevitável: não teria o presidente Lula afirmado sua autoridade e correspondido às expectativas nacionais se logo na primeira hora depois do acidente com o Airbus da TAM tivesse mandado parar tudo?”

Um comentário:

Anônimo disse...

O nosso presidente não é homem de lero-lero, não tem dificuldades em decidir entre o sim e o não. Ele já bate na mesa gritando "talvez". E ponto final!