20 de jul. de 2007

O Governo e a morte moral

Por Ricardo Alécio - Editor do Jornal Correio Popular

O inaceitável silêncio do presidente Lula, extensivo a todo o seu governo, diante da nova tragédia aérea que abateu o País, é tão condenável quanto emblemático. Condenável porque Lula, tão afeito a discursos inflamados e rompantes populistas, mais uma vez apequena a instituição Presidência da República para se refugiar na tosca, criminosa e, claro, covarde omissão.
O que se espera de um presidente da República, de um estadista? No mínimo, uma postura de estadista, uma vez que Lula tomou competência, autoridade e higidez moral, itens indispensáveis para o cargo. E postura significa. pelo menos, uma palavra de conforto nas horas mais trágicas de uma nação – sem entrarmos no mérito das responsabilidades pela tragédia do vôo 3054. Em vez disso, de dar a cara a tapa e vir a público dizer
"Calma, brasileiros, o Brasil ainda é uma República e tem um presidente, acreditem...", preferiu a fria decisão dos fracos: a nota oficial. Hoje, porém, finalmente ele deve fazer um pronunciamento à nação – levou três dias para estudar o que dizer e calcular os custos políticos do que irá fazer. O silêncio é emblemático porque reflete exatamente o vazio de poder deste governo, responsável por todos os desmandos a que temos assistido nos últimos anos.
Dados que, sim, matam. E matam de todas as formas, sejam em quedas de avião ou em licitações fraudadas, em mensalões escandalosos ou em ambulâncias superfaturadas. Morte física e moral, escancarada. A diferença é que a morte física põe fim a entes queridos, nos faz chorar e buscar o conforto alheio, em ruidosos lamentos de dor. A morte moral é pior: ela não tem fim, é silenciosa, solitária, deprimente e degradante. Como o silêncio do presidente.

2 comentários:

Anônimo disse...

Uma mensagem do Comandante Antônio Fontes Melo, enviada ao programa Hoje em Dia, da TV Record, serve de puxão de orelha para toda a mídia amestrada pelas verbas oficiais do governo federal:

“É uma vergonha da parte da mídia não responsabilizar os Governantes que só sabem nomear dirigentes para ocuparem cargos sem a menor habilitação para os mesmos, são compadres, afilhados, pelegos sindicalistas, sem contar com as verdadeiras quadrilhas que se instalaram no poder tudo às custas do contribuinte afinal são "apenas" 11.500 reais por MINUTO que nós pagamos para termos resultados pífios. Na existência da DAC nunca se soube de algum apagão, porquê? porque era um orgão com capacidade e competente e o que se vê são orgãos dirigidos por incompetentes pelegos”.

Anônimo disse...

E além de tudo que já se falou e escreveu na imprensa sobre mensalões, licitações fraldadas, imcompetência, enfim todo tipo de malandragem, eu classifico este governo como um avestruz. Pois quando a crise aparece, enfiam a cabeça num buraco até a crise passar. É um "GOVERNO AVESTRUZ"