Por Gilberto Dimenstein, (Folha de São Paulo)
Raras vezes em nossa história vimos um acidente tão espetacularmente trágico como o choque do avião em Congonhas, mas, de certa forma, é uma rotina brasileira. Somos vítimas diárias dos mais diferentes tipos de descuidos e de irresponsabilidades que conduzem a pequenas, grandes e médias tragédias, devido basicamente à nossa baixa de cidadania --o que se traduz em irresponsabilidade.
Morrem milhares de pessoas nas estradas simplesmente porque a sinalização não é boa, as pistas não estão bem conservadas ou não se fiscaliza quem está com alto teor alcoólico no sangue. Vemos, neste momento, a dificuldade que é limitar a propaganda de cerveja. Vivemos um clima de guerra civil nas cidades porque não se prestou a atenção na educação, na inclusão de jovens e no aperfeiçoamento da segurança. Morrem milhares de crianças por falta de condições básicas de saúde, fáceis de serem atendidas. Estamos vendo a volta de doenças como tuberculose. A cada dia, só na cidade de São Paulo, morre um motoboy, vítima não só dele próprio, mas também da selvageria da falta de controle.
Se formos olhar porque somos um país tão potencialmente rico mas tão pobre, veremos que temos tragédias evitáveis apenas porque deixamos para depois o conserto de uma pista.
(*) foto: primeiro morto carbonizado sendo removido
Raras vezes em nossa história vimos um acidente tão espetacularmente trágico como o choque do avião em Congonhas, mas, de certa forma, é uma rotina brasileira. Somos vítimas diárias dos mais diferentes tipos de descuidos e de irresponsabilidades que conduzem a pequenas, grandes e médias tragédias, devido basicamente à nossa baixa de cidadania --o que se traduz em irresponsabilidade.
Morrem milhares de pessoas nas estradas simplesmente porque a sinalização não é boa, as pistas não estão bem conservadas ou não se fiscaliza quem está com alto teor alcoólico no sangue. Vemos, neste momento, a dificuldade que é limitar a propaganda de cerveja. Vivemos um clima de guerra civil nas cidades porque não se prestou a atenção na educação, na inclusão de jovens e no aperfeiçoamento da segurança. Morrem milhares de crianças por falta de condições básicas de saúde, fáceis de serem atendidas. Estamos vendo a volta de doenças como tuberculose. A cada dia, só na cidade de São Paulo, morre um motoboy, vítima não só dele próprio, mas também da selvageria da falta de controle.
Se formos olhar porque somos um país tão potencialmente rico mas tão pobre, veremos que temos tragédias evitáveis apenas porque deixamos para depois o conserto de uma pista.
(*) foto: primeiro morto carbonizado sendo removido
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