23 de out. de 2007

A largada do GP da corrupção

Não tinha passado ainda um mês do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando se apresentou o primeiro escândalo envolvendo o governo, e não teve miséria, foi logo o ministro dos Transportes Anderson Adauto. O fato foi noticiado por Weiller Diniz (Isto É n° 1739 – 29/1/2003 - ) “O ministro dos Transportes, Anderson Adauto (PL-MG), negou quantas vezes pôde suas ligações com a turma da CPA – Consultoria, Planejamento e Assessoria. A empresa foi acusada por uma CPI municipal de participar de um esquema milionário de desvio de verbas na Prefeitura de Iturama, no final da administração do correligionário do ministro e atual senador Aelton José de Freitas (PL) em 1996. O rombo passou de R$ 4 milhões.”
Hoje o próprio Weiller, mas Jornal do Brasil traz Adauto de novo para ribalta do peculato que infesta esse governo desde seu primeiro mês. (G.S.)

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Weiller Diniz
A trajetória política de Anderson Adauto, atual prefeito de Uberaba e ex-ministro dos transportes de Lula, é tão esburacada quanto nossas rodovias. Na boléia ministerial foi obrigado a responder por desvios de R$ 4 milhões na prefeitura de Uberaba (MG). Respostas sinuosas não aliviaram sua acidentada permanência. Com seis meses de cargo viu um subordinado, Sérgio Pimentel, ex-diretor financeiro do DNIT, denunciá-lo por favorecimento à empreiteira Queiroz Galvão.
Depois de um congestionamento de denúncias, Adauto pegou a estrada. Abrigou-se na pequena Uberaba (MG). Mas o refúgio não rendeu o anonimato esperado. A CPI dos Correios, que investigou o megaescândalo de corrupção de Marcos Valério, provocou outra derrapada na vida de Anderson Adauto. Seu nome foi apontado como beneficiário de R$ 1 milhão do mensalão. Associado aos 16 saques bancários, que totalizaram o R$ 1 milhão, estava o eterno companheiro de Adauto, José Luis Alves. Ambos já são réus no processo do mensalão que corre no STF. Adauto, por corrupção ativa e lavagem de dinheiro. José Luis Alves, seu ex-chefe de gabinete no Ministério, responde por lavagem de dinheiro. Há duas semanas, Adauto, por causa do feriado prolongado, escapou da prisão sob a acusação de comprar medicamentos superfaturados.
Munida deste prontuário é que a oposição vai hoje à Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Na pauta está prevista a votação de um empréstimo - o Brasil é fiador - de US$ 17.200 do BIRD para a prefeitura de Uberaba. Mais precisamente para o Centro Operacional de Desenvolvimento e Saneamento (Codau). Quem preside o tal Codau? José Luiz Alves. A oposição quer parar tudo e convocar os dois para justificar tim-tim por tim-tim.

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