19 de dez. de 2007

Democracia na América Latina

Por Plínio Zabeu

Está se formando uma nova associação de cunho político na América do sul e Caribe. Formada por quatro ditadores e sob a chefia do mais experiente tirano genocida conhecido – Fidel Castro – Bolívia, Venezuela mais a parte da Colômbia dominada pelas Farc, a cada dia vem mostrando sua força. Para libertar reféns detidos há mais de 5 anos pelos traficantes de cocaína (disfarçados de “lutadores” pela democracia) foi nomeado o Hugo Chávez, por sugestão do chefe cubano. Eis que, em poucos dias, tudo se desmoronou quando o pretenso ditador venezuelano entendeu que seria o chefe supremo do continente.
O colombiano recusou. Palavrões diplomáticos partiram daquela boca que insiste em não calar – a pedido de todo mundo, inclusive da população que governa – e o assunto parecia acabado. Desespero para os reféns e familiares. Eis que Fidel Castro – o líder supremo da maldade – determinou que os traficantes entregassem os reféns a ninguém menos que Hugo Chávez. Este sai vitorioso agora.
Interessante conhecer essas figuras. Ontem mesmo o ditador cubano se saiu com esta: “Meu dever fundamental não é me prender a cargos e, muito menos, obstruir o caminho de pessoas mais jovens”. Existe – ou já existiu – maior cinismo no mundo? Decrépito, tendo executado milhares de compatriotas, levado à miséria um país e tantas outras barbaridades, ainda tem seguidores. Pior de tudo: Nosso presidente é um deles.
E o cocaleiro Evo? Executou uma reforma fraudulenta da constituição visando, como o colega chefe, permanência no poder e continua – apesar do protesto da maioria do país – com a mesma vontade. Como Chávez e Castro, o boliviano exerce sobre nosso presidente algo fascinante. Lula declara sempre que Evo foi a “melhor coisa que aconteceu na América Latina e no mundo”. E confirma isso com atos. Mesmo depois de a Petrobras ter sido nacionalizada, com inegáveis prejuízos à nossa necessidade energética, a nossa empresa investirá de novo lá quase um bilhão de dólares para incrementar a extração de gás. O presidente Lula fez isto afirmando que confia nas leis bolivianas. Que leis? Já provaram que podem mudar a qualquer instante.
Esperávamos que nosso presidente não continuasse a se curvar perante ditadores.
Deveria ele cuidar apenas de interesses brasileiros, já que não podemos contar com a seriedade de legisladores que se negam a reformar qualquer coisa que lhes tirem as vantagens atuais. O risco da vizinhança perigosa continua e está até aumentando.
pzabeu@uol.com.br

Um comentário:

ma gu disse...

Alô, Giulio.

Plinio acerta outra. O nome para esses quatro regimes citados é democradura. Já temos quatro na América Latrina...